O Pará continua apresentando números absolutos de analfabetos acima da média nacional, de acordo com dados divulgados, ontem, pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Na faixa de analfabetos com 15 anos ou mais, o Pará tem 12,8% de analfabetos, registro acima dos 9,7% da média nacional. Entre a população de 15 a 64 anos, o Pará apresenta 9,8% enquanto a média da região Norte é de 8,1%. Mas é na medição dos analfabetos funcionais que o Estado se destaca mais negativamente: é o quarto pior índice do Brasil, com 13,8%.
O analfabeto funcional, ao contrário daquele que nunca aprendeu a ler e escrever, é alguém que já frequentou a escola, sabe ler e escrever e, em muitos casos, possui até diplomas de educação superior.
Segundo os pesquisadores, este é um fenômeno que vem preocupando as autoridades brasileiras, já que demonstra, principalmente, a má qualidade da educação.
No caso do Pará, a população de analfabetos funcionais está mais concentrada na área urbana. No meio rural houve, inclusive, uma queda, quando comparados os anos de 2004 (330.454 mil analfabetos funcionais) com 2009 (250.124). Quando se analisa a área urbana, neste período de cinco anos a queda foi bem menor: de 493.517 mil em 2004 para 447.049 mil em 2009.
O Marajó apresenta o maior índice de analfabetismo no Pará, o que seria resultado de problemas logísticos e falta de infraestrutura, mas diz que a Seduc tem feito parceria com as prefeituras da ilha.
“Alfabetização tem qualidade significativa, só precisamos dessa continuidade para não se multiplicar o analfabetismo funcional, mesmo com queda considerável que temos hoje”, afirmou a coordenadora de Alfabetização e Educação de Jovens e Adultos da Secretaria de Estado do Pará-Seduc, Rafaela Pires.
Fonte: http://www.diariodopara.com.br/
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