quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

OPOSIÇÃO CRITICA RESULTADOS DO PAC

A oposição reagiu, nesta quinta-feira, aos números apresentados pelo governo federal durante o último balanço do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) da gestão Lula. O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) disse que o governo "maquiou" os dados, mas não conseguiu "revelar o fracasso" do programa no país.


"Demonstra que o governo sempre foi espetaculoso ao anunciar e medíocre ao executar. É um governo competente no anúncio e incompetente na execução", afirmou.


Dias disse que somente 23,8% das obras do PAC foram pagas em 2010, incluindo os chamados "restos a pagar" de anos anteriores. Segundo o tucano, o anúncio de que quase R$ 40 milhões do PAC 1 serão deixados para a presidente eleita Dilma Rousseff (PT) administrar mostra que o programa se transformou numa "herança maldita".


"O que estamos verificando na leitura do último balanço do PAC é que houve a geração de falsa expectativa e, como decorrência, uma enorme frustração de resultados. Esse não é o resultado prometido pelo presidente Lula", afirmou Dias.


O líder do PSDB na Câmara, deputado João Almeida (BA), disse que o PAC é uma "fantasia e mentira" - especialmente porque o governo lançou a segunda edição do programa sem ter concluído a primeira.


"O que questionamos no PAC é o caráter eleitoreiro que ele teve. Há demandas muito mais importantes para o país do que projetos que estão no PAC, como o trem-bala. Isso é uma fantasia que o governo cria e bota na cabeça das pessoas", afirmou.


18% DAS OBRAS DO PAC ESTÃO INCONCLUSOS

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai terminar o seu mandato com 18% das obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) por concluir. Os projetos que não ficaram prontos somam R$ 97,8 bilhões.


O governo fez, no entanto, um esforço no desembolso de recursos nos últimos meses dois meses do atual mandato e, dos R$ 657 bilhões previstos para investimentos do PAC, terá executado até o fim do ano R$ 619 bilhões, o que representa 94% do orçamento total previsto.


Em 31 outubro, os desembolsos somavam R$ 559 bilhões, o que significa que, nos dois últimos meses, o governo terá desembolsado o valor recorde de R$ 59, 4 billhões.


Em dezembro de 2009, três anos após o lançamento do PAC, apenas R$ 403 bilhões haviam sido gastos no programa - ou 63% do total previsto para quatro anos.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/poder/

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