A presidente eleita, Dilma Rousseff, disse, em entrevista ao jornal americano “The Washington Post”, não concordar com a abstenção do Brasil na votação de uma resolução na ONU condenando violações de direitos humanos no Irã.
A entrevista foi publicada na edição de domingo e faz referência à Assembleia-Geral das Nações Unidas, que ocorreu há duas semanas, e terminou por aprovar o texto por 80 votos a favor, 44 contra e 57 abstenções de países como Índia, África do Sul e Egito. O documento cita casos de tortura, alta incidência de penas de morte, violência contra mulheres e perseguição a minorias étnicas e religiosas.
Dilma disse que se sentiria desconfortável, como mulher e presidente, em se calar em relação à sentença de morte por apedrejamento, como a que a iraniana Sakineh Ashtiani foi condenada, por um suposto adultério.
“Não farei nenhuma concessão nesse assunto”, disse ela, citando práticas “medievais” contra as mulheres.
Fonte: http://www.band.com.br/jornalismo/brasil/
PS: Confesso que custo a acreditar nessa mudança futura da diplomacia brasileira em relação ao país dos aitolás e do assassino Ahmadinejad, amiguinho do presidente Lula. Mas torço que isso aconteça. Seria uma mudança significativa e tiraria o Brasil dessa posição incômoda de ser conivente com governos autoritários, useiros e vezeiros na prática de crimes contra a humanidade e de desrespeito fragoroso aos direitos humanos, como o Irã, Venezuela, Bolívia e Cuba.
Que seja!
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