Impossível acreditar na honestidade das informações - e na de seus responsáveis - contidas nas prestações de conta da maioria dos candidatos eleitos à Assembleia Legislativa do Pará. Algumas das informações são risíveis, simplesmente.
Dá pra acreditar que o deputado estadual mais votado, Edmilson Rodrigues (Psol), gastou menos de R$ 70 mil em sua campanha eleitoral? Ou que o menos votado, Hilton Aguiar (PSC), não gastou mais que míseros R$ 122 mil, com toda aquela campanha volumosa e vistosa exibida em Santarém e na região do Tapajós? Impossível!
A campanha eleitoral de Júnior Hage (PR) foi literalmente em todo o Estado, mas com destaque nos municípios de Almeirim, Prainha, Monte Alegre, Alenquer e Porto e Moz. Destaque, na verdade, é pouco: foi escandalosamente portentosa, com todas as cores da ostentação. Mas ele jura que não chegou a gastar nem R$ 115 mil.
De tão escandalosamente maquiadas, recheadas de informações falsas, mentirosas, e com valores subestimados, que o TRE/PA resolveu reprovar 80% delas. E agora seus titulares, que já festejaram a vitória, correm o risco de não ser diplomados.
E o ex-secretário Estadual de Transporte, Valdir Ganzer (PT), de onde conseguiu R$ 1,1 milhão para campanha tão milionária? Seu companheiro de partido e de tendência (PT pra Valer), Carlos Bordalo não chegou a R$ 254 mil, demonstrando que desaprenderam a lição da solidariedade na hora da partilha do pão.
Os dados estão disponíveis no site do TSE - http://www.tse.gov.br/
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