quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

CORRUPÇÃO: BRASIL CAI MAIS TRÊS POSIÇÕES EM RANKING MUNDIAL

O País está entre os que mais perderam posições nos últimos cinco anos de ranking. A corrupção subtrai dinheiro que beneficiaria os mais pobres

Em 2016, o Brasil caiu três posições em relação a 2015 no ranking da percepção mundial da corrupção que será divulgado nesta quarta-feirahoje pela ONG Transparência Internacional. Em 79.º lugar, o País está entre os que mais perderam posições nos últimos cinco anos de ranking.

Para a ONG, os casos de corrupção que vêm sendo revelados no Brasil – principalmente o investigado na Operação Lava Jato, tiveram influência na piora da percepção em relação ao País. Por outro lado, segundo a Transparência, já são reconhecidos no mundo os esforços do Brasil no combate à corrupção

“Isso (casos de corrupção) acabou afetando a imagem e percepção do Brasil, o que é normal acontecer quando um país começa a desvendar esses grandes esquemas. Mas, ao mesmo tempo, pode ser um sinal de mudança, de que o País começou a confrontar o problema”, afirmou o representante da Transparência Internacional no Brasil, Bruno Brandão.

Leia mais em http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,brasil-cai-3-posicoes-em-ranking-mundial-da-corrupcao,70001640517

segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

TRUMP E OS LIMÕES


As medidas protecionistas contra o limão argentino poderão beneficiar a produção brasileira, e isso deve interessar muito aos produtores de Monte Alegre

Entre as primeiras medidas anunciadas pelo presidente norte-americano Donald Trump, a proibição de importação do limão argentino causou surpresa e causará tremores no mercado mundial que poderão reverberar em Monte Alegre, no Oeste do Pará.

A Argentina é o maior produtor mundial de limão e o mercado norte-americano, um dos seus maiores consumidores. Monte Alegre, no coração da Amazônia, desponta, nos últimos anos, com uma produção crescente em toneladas e valor de mercado.

Até agora, o meio-maluco Trump não anunciou nenhuma medida protecionista contra qualquer produto brasileiro, mas, dizem especialistas, isso não está descartado. Isso incluirá o limão brasileiro? Não se sabe.

Assim como a laranja brasileira, que também depende do aumento ou da queda na produção do similar na Califórnia, o segmento de cítrico local aguarda com expectativa as oscilações decorrentes das decisões estapafúrdias do presidente norte-americano. E isso interessa muito aos produtores montealegrenses.

Monte Alegre já exporta para mercados nacionais e alguns internacionais, especialmente para alguns países europeus. Em 2015, o Brasil exportou 96,6 mil toneladas de limão in natura, 45,4% acima do volume de cinco anos atrás. Em valor, a receita foi de US$ 78,6 milhões (R$ 248 milhões, na cotação de hoje). Mas o potencial pode ser ainda maior, de acordo com o Instituto Brasileiro de Frutas (Ibraf).

Segundo o Ibraf, o Brasil colheu 1,1 milhão de toneladas de limão, em 2015, das quais 91% ficaram no mercado interno e apenas 9% foram exportadas. É justamente a fruta para exportação, por causa da moeda americana valorizada, que tem atraído os produtores. As decisões de Trump poderão aquecer ainda mais essas expectativas de produção, valorização do produto e exportação.

Já tarda a decisão dos poderes públicos em assumirem a produção de limão em Monte Alegre como política pública. As expectativas atuais do mercado sugerem várias medidas locais, como controle de pragas, aumento da área plantada e da produtividade, investimento em tecnologia de beneficiamento do produto. A Emater promete criar um polo de citricultura regional, envolvendo Monte Alegre, Prainha e Alenquer. Quando essa promessa sairá do papel? O tempo urge!

Ah, também é hora de todos ficarem atentos às notícias do mercado.