segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

1,4 MILHÃO DE PARAENSES MORAM PRECARIAMENTE

Um em cada cinco paraenses mora em área de invasão. No Pará, dos 7,3 milhões de habitantes, pelo menos 1,4 milhão de pessoas moram precariamente - um número superior a população dos Estados do Amapá (594 mil) e Acre (660 mil) juntos. Segundo o último levantamento feito em 2007 pelo Ministério das Cidades, o Pará é o Estado com o terceiro maior número de domicílios em aglomerados subnormais, ou seja, em loteamentos irregulares. Ao todo, eram 207 mil moradias em áreas de ocupação no Estado, índice que deixou o Pará atrás apenas do Rio de Janeiro (400 mil) e São Paulo (619 mil).

A pesquisa feita pelo Ministério das Cidades mostra ainda que há dois anos, o déficit habitacional do Pará era de 317.089 moradias - o que corresponde a metade do déficit habitacional de toda a Região Norte, que é de 652 mil residências. Segundo valia o vice-presidente da Organização Paraense de Mutuários em Defesa da Moradia (Orpam), José Colares Filho, o déficit habitacional do Pará está entre os dez maiores do Brasil. 'O Pará tem hoje um déficit habitacional maior do que estados bastante populosos do Sul, como é o caso do Rio Grande do Sul', afirma.

Além disso, o Estado possui o quarto maior número de habitações precárias do Brasil, são 101 mil no total - perdendo apenas para o Maranhão (306 mil), Bahia (140 mil) e Ceará (110 mil). A quantidade de invasões cresce tão rapidamente, que nem a Companhia de Desenvolvimento e Administração da Área Metropolitana de Belém (Codem) e tampouco a Companhia de Habitação do Estado do Pará (Cohab) conseguem acompanhar em números, segundo afirmam os próprios técnicos dos respectivos órgãos procurados pela reportagem. Mesmo diante de indicadores tão negativos, o Pará foi um dos Estados brasileiros que recebeu menor volume de investimentos no setor habitacional em 2009.

Fonte: http://www.folhadoprogresso.com.br/

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