Apesar do recente exemplo dado pelo Chile - a presidente Michelle Bachelet, com aprovação popular de 82%, não conseguiu eleger seu sucessor -, o presidente Lula parece tão confiante na eleição de Dilma Roussef que resolveu esnobar o PMDB, por ele mesmo dito, há anos, como parceiro indispensável à governabilidade e à eleição presidencial de outubro.
Em novembro passado, com o ar de senhor do mundo, Lula propôs ao PMDB que apresentasse uma lista tríplice com nomes do partido para que ele, Dilma e o PT escolhessem o melhor para vice. O PMDB, claro, reagiu.
Agora, é o próprio presidente Lula que quer indicar o nome do PMDB. Ontem, segundo Agência Folha, ele anunciou que a cara-metade ideal de Dilma na eleição é o atual presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, que é do PMDB.
O nome preferencial do partido é o do presidente Michel Temer.
E mais: Lula quer, antes de definir o vice de Dilma, superar as divergências entre o PT e o PMDB nos Estados, na tentativa de construir palanques conjuntos para Dilma.
Tá difícil, pelo que se vê nos desentendimentos entre os líderes do PMDB nos estados. Temer defende a aliança com o PT; Orester Quercia, presidente do PMDB paulista, que está na base do maior colégio eleitoral do País, prefere José Serra (PSDB); Pedro Simon (RS) defende candidatura própria do partido. É a Babel peemedebista.
Se Lula não cortar o salto Luis XV, corre o risco de perder o partido. O exemplo do Chile que se dane. Ele é Lula, "o cara!"
Nenhum comentário:
Postar um comentário