Um estudo feito por pesquisadores do Museu Paraense Emílio Goeldi (Mpeg) constatou o que parece o óbvio ululante: a mandioca é a espécie mais cultivada nos roçados da região nordeste do Pará econtinua a base da alimentação da população amazônica, tanto nas cidades como no interior. "Nas famílias pobres, principalmente do interior, é a base do 'chibé'”, ressalta o pesquisador Jorge Oliveira, referindo-se à mistura de água e farinha que chega a ser a principal refeição do dia em comunidades de baixa renda.
O estudo realizado pela equipe do Mpeg tomou como base a Vila da Penha, localizada no município de Maracanã, na microrregião do Salgado, no nordeste do Pará, e concluiu que a mandioca é a espécie que ocupa a maior área de cultivo da região.
A pesquisa se concentrou nos roçados, unidades onde se desenvolvem atividades de agricultura e se constituem em sistemas de subsistências e de produção. Agricultores estabelecem seus roçados em áreas de vegetação secundária numa atividade primordialmente familiar, mas que também pode contar com mão-de-obra contratada como diarista.
“A mandioca é a espécie mais importante cultivada nos roçados (de Vila da Penha) e tem papel preponderante na sócio-economia local, através da venda dos diversos produtos derivados”, afirmou Denize Rosário, membro da equipe de pesquisadores. A goma, o tucupi, a farinha e o beiju são alguns desses produtos que puderam ser observados na Vila, assim como em outras localidades.
E não apenas no Nordeste do Pará. É provável que, no Oeste do Pará, a importância do tubérculo seja ainda maior.
Fonte: Ascom/Mpeg e redação do blog
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