A descoberta das falhas na reputação da camareira que acusa o ex-chefe do FMI, Dominique Strauss-Kahn, de estupro, está levando a França a repensar o futuro político do francês. Antes do escândalo, ele era apontado como um dos candidatos favoritos à Presidência nas eleições do próximo ano.
A reavaliação é resultado da reportagem do jornal americano The New York Times, segundo a qual os promotores do caso já não acreditariam mais nas declarações da vítima, devido às contraditórias versões contadas por ela.
As acusações de crimes sexuais mancharam a imagem de DSK, como é conhecido em seu país, tanto como economista bem-sucedido, levando-o a renunciar à chefia do FMI, quanto também como político em ascensão. E todos julgavam ser praticamente impossível para ele reassumir um ou ambos os postos. Contudo, como ressaltou ao NYT o ex-premiê francês Lionel Jospin, e aliado de DSK, a notícia de que ele pode ser solto e até inocentado caiu "como um raio" no país.
Entre os políticos, também surgiram algumas vozes em defesa do ex-chefe do FMI. "Eu espero que o sistema judicial americano descubra a verdade e tire DSK deste pesadelo", declarou Martine Aubry, líder do Partido Socialista, o mesmo de Strauss-Kahn. Ela conta ainda que sentiu "uma alegria imensa" ao saber da mudança nos rumos do processo contra o colega na Justiça.
Reviravolta - Conforme reportagem da mesma publicação, ontem, acusações contra DSK por tentativa de estupro estão na "corda bamba", depois que os investigadores encontraram "grandes buracos" de credibilidade no testemunho da camareira que o denunciou.
Citando fontes não identificadas que conhecem o caso, o NYT indica que, embora o exame de corpo de delito tenha detectado evidências claras de um contato sexual, os investigadores não acreditam na versão da mulher, que desde que fez a denúncia, em 14 de maio, se contradisse em seu relato.
Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/internacional/
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