segunda-feira, 18 de julho de 2011

... E NÃO CESSAM OS ESCÂNDALOS NO DNIT

Os diretores do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e da Valec Engenharia e Construções montaram um esquema com duas empresas de fachada acusadas de usar documentos falsos em contratos que somam 31 milhões de reais - desse total, 13 milhões de reais sem licitação. Os contratos são para fornecer mão de obra em áreas estratégicas, incluindo obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), em pelo menos vinte estados e no Distrito Federal.

As pessoas contratadas por essas duas empresas, a Alvorada e a Tech Mix, são escolhidas pelo PR, partido que comanda o Ministério dos Transportes, para trabalhar na gestão de obras sob suspeita de corrupção. O processo de assinatura dos contratos passou pelo alto escalão do Dnit e da Valec envolvido na crise de irregularidades nos Transportes. O dono da Tech Mix é casado com a dona da Alvorada.

A Alvorada Comercial e Serviços mudou de ramo de atividade em 25 de novembro de 2010, um dia antes da liberação de 5,8 milhões de reais pelo então diretor financeiro e hoje presidente interino da Valec, Antonio Felipe Sanchez Costa. A empresa era registrada, até então, para atuar no ramo de embalagens, embora nunca tenha saído do papel. Apesar de não ter nenhuma experiência na terceirização de mão de obra, ganhou dois contratos: esse de 5,8 milhões de reais e outro, no mês passado, de 7,4 milhões de reais, ambos sem licitação.

A Alvorada pertence a Alcione Petri Cunha. O marido, Luiz Carlos Cunha, é dono da Tech Mix Serviços, contratada pelo Dnit por 18,9 milhões de reais anuais após a desclassificação de oito concorrentes que apresentaram preço inferior a esse valor.

O Diário Oficial da União fornece indícios de que Valec e Dnit atuaram juntas. O contrato de 5,8 milhões de reais com a Alvorada foi assinado em 14 de dezembro, mesmo dia em que a Tech Mix foi declarada vencedora no Dnit.

Para ler mais, www.veja.abril.com.br

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