quarta-feira, 20 de julho de 2011

PLEBISCITO: MAIORES CHANCES DO TAPAJÓS


A agência Adital - Notícias da América Latina e Caribe publicou, no dia 11 passado, artigo do jornalista paraense Lúcio Flávio Pinto, intitulado "Redivisão do Pará: 2 e não 3 Estados?", no qual analisa pesquisas de opinião pública sobre a divisão do Estado do Pará para a criação de dois novos estados, Carajás e Tapajós. Os trechos abaixo fazem parte do texto, que pode ser lido integralmente no link que segue no final:

A pesquisa sobre a redivisão pode ter sofrido algum tipo de manipulação, como parece provável ter acontecido na apuração da circulação dos jornais e na medição do índice de credibilidade das três publicações diárias que circulam em Belém? É possível. Admitindo-se, contudo, que neste particular a pesquisa retrate a realidade (embora causando surpresa aos observadores da questão), pode-se intuir que a emancipação do Tapajós parece mais viável do que a de Carajás.

Infelizmente, por um erro metodológico clamoroso, o Vox Populi submeteu aos entrevistados uma questão genérica e imprecisa. Perguntou se, em caso de plebiscito, o eleitor era favorável ou contra “a divisão do Pará em três estados”. A cédula eleitoral, entretanto, individualizará as opções por Carajás e Tapajós. O eleitor votará duas vezes, não sendo obrigado, se for favorável a uma nova configuração territorial do Pará, a atrelar Tapajós a Carajás.

Esse detalhe importantíssimo talvez explique por que, de imediato, os defensores do Tapajós anunciaram que não iriam recorrer da decisão do Tribunal Superior Eleitoral de consultar toda a população do Pará e não apenas a que reside nas duas regiões propostas para emancipação. Os tapajônicos devem ter percebido que há uma simpatia maior por sua causa do que pela de Carajás, tanto em Belém como nas áreas que remanesceriam da redivisão como paraenses.

Essa parte do Pará tem mais afinidades com o Tapajós do que com Carajás. Não só porque nela estão instaladas muitas famílias oriundas do Baixo-Amazonas, que continuam fiéis à bandeira do novo Estado, como porque a causa, defendida há mais de um século, parece mais justa e natural, com fundamento mais forte na posição geográfica de Santarém, que já foi a terceira maior cidade da Amazônia, imprensada a meio caminho entre Belém e Manaus.

O Tapajós é constituído majoritariamente por paraenses de gerações ou imigrantes que se enraizaram na região, enquanto em Carajás a dominância é de imigrantes de outros Estados, sobretudo do vizinho (mas rival) Maranhão, com uma tendência (real ou atribuída) de se apossar de recursos naturais que seriam usurpados do Pará, justamente quando começam a render mais aos nativos.

É de se prever que se os defensores de Carajás prosseguirem na luta judicial contra o plebiscito em todo Pará, a campanha emancipacionista, que vinha sendo conduzida em conjunto, perca essa unidade. É provável que Tapajós comece a se diferenciar e se distanciar de Carajás. Assim procedendo na perspectiva de que, se o plebiscito trouxer mudanças, dele saiam dois Estados e não três.

4 comentários:

Anônimo disse...

TRÊS ESTADOS VALEM MAIS QUE UM.

Quem só tem a ganhar com a criação de novos estados na região do Pará, é o próprio Pará remanescente, quem terá um PIB maior com uma população produtiva maior. Serão 3 estados que deverão receber mais investimentos do governo federal. Terão mais força para reivindicar mais recursos. Os três sairão ganhando. Se permanecer como está, os três vão afundar juntos e cair no esquecimento dos políticos de Brasília.

Anônimo disse...

Mais 2 deputados do Pará aderem o SIM pela emancipação;

Foi um ato público histórico! E o hino lançado por Duda Mendonça para embalar a campanha do SIM ficou sensacional.Puxa pela emoção de qualquer paraense e orienta o discurso geral que precisamos fazer em todo o Estado para ganhar esse plebiscito.
Mais dois deputados do PT aderiram à campanha do SIM: Valdir Ganzer (estadual) Zé Geraldo (Federal).


DUDA MENDONÇA foi enfático em citar que a campanha deverá adotar o termo de multiplicação para três Estados, e não uma divisão. Com poucas palavras, frisou que o correto é provar à região metropolitana de Belém que o Pará remanescente se desenvolverá mais ainda após a criação destes novos Estados.

Anônimo disse...

O Estado do Tapajós precisa dos votos do Estado do Carajás, e o Estado do Carajás precisa dos votos do Estado do Tapajós. Que por sua vez os dois precisam dos votos da região de Belém. Conclusão, é preciso vencer o belenense que a criação de três estados será melhor, por um motivo bem simples, a grande maioria, 2/3 dos eleitores estão na região de Belém. Como plebiscito é matemática, é preciso conseguir a maioria dos votos para emancipar O Estado do Tapajós e Carajás. A melhor estratégia é a união.

Anônimo disse...

Conheça o jingle da campanha Pró-Carajás
Um dia todo filho cresce, não tem jeito não.

Um dia chega a hora da emancipação.
Cada um segue seu rumo,
Segue seu destino,
Escolhe seu caminho,
Sua direção.
Mas sempre serão como uma família,
Pois fazem parte de um só coração
E vão crescer um ajudando o outro
Sem nunca esquecer: são todos irmãos.



Chegou a hora da grande mudança
E o Pará tem pressa, não pode esperar
Chegou a hora desse grande salto,
De dividir para multiplicar.
Chegou a hora de ficar mais forte
De fazer justiça e vencer muito mais
Queremos sim essa esperança chamada Tapajós e Carajás.



Diga sim para mais segurança,
Para mais saúde,
Mais educação.
Diga sim para os três estados,
Diga sim para essa união,
Diga sim para esperança,
Diga sim para viver em paz,
Diga sim para o Tapajós,
Diga sim para o Carajás.


2ª parte
Mato-grosso e Goiás exemplos que não podemos esquecer
Em quatro estados se dividiram e não param de crescer.



Chegou a hora da grande mudança
E o Pará tem pressa não pode esperar
Chegou a hora desse grande salto,
De dividir para multiplicar.
Chegou a hora de ficar mais forte
De fazer justiça e vencer muito mais
Queremos sim essa esperança chamada Tapajós e Carajás.

Diga sim para o Tapajós,
Diga sim para o Carajás.