sábado, 10 de julho de 2010

CAMPANHA MILIONÁRIA: UMA AFRONTA AOS PARAENSES

R$ 47 milhões para tentar se reeleger: Ana Júlia escarra e pisa na dignidade dos cidadãos paraenses

O Pará detém os piores índices de educação básica do País, além do segundo pior Ensino Médio. Também é do Pará alguns dos piores desempenhos em saúde pública, a exemplo dos índices alarmantes de malária em municípios da região do sudoeste e no Marajó. Nunca na história deste Pará as rodovias estaduais estiveram em tão péssima condição, uma calamidade. A violência e a criminalidade - coitados de nós - ultrapassaram os limites máximos da intolerância e do absurdo.

Este quadro de caos social não é de hoje, claro, mas se agravou absurda e inegavelmente nos últimos três anos, fruto da mais ampla, geral e irrestrita incompetência administrativa do atual governo.

Sem obra pra mostrar em quaisquer das regiões do Estado - na capital, o elevado da Júlio Cezar é a única em mais de três anos, mas foi inaugurado como a "primeira de uma série" que definitivamente não vai existir, inclusive por falta d tempo -, e com o Pará a exibir esses vergonhosos índices de calamidade pública em saúde, educação, segurança e transporte, Ana Júlia Carepa, ainda assim, almeja se manter no poder.

E, para realizar essa ambição, ela informou que pretende torrar na campanha eleitoral a bagatela de R$ 47 milhões. Isso é um insulto à dignidade dos paraenses, uma afronta à condição de miséria em que vive parte da população, à qual ela apresentou um rol de promessas eleitoreiras, quatro anos atrás.

De onde vem essa afrontosa montanha de dinheiro? Da militância? Das centenas de negócios contratados com dispensa de licitação, como o escandaloso kit escolar? De parte dos 105 convênios assinados com entidades dos tais "movimentos sociais", publicados no DOE do dia 2 de julho?

Fui petista durante 18 anos de minha vida, ajudei a construir o PT acreditando na mudança, no novo, na ética e na decência na política, no sonho da nova sociedade, do novo homem, na nova mulher, no projeto de uma sociedade solidária, justa e fraterna. Mas esse sonho foi destruído pelos mensalões, pelo valerioduto, pelo "não vi, não conheço, não sei de nada" apresentado para escamotear a verdade sobre a sangria nos cofres públicos que se viu nos últimos anos.

O meu sonho virou um terrível pesadelo, inclusive aqui no Pará.

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