domingo, 11 de julho de 2010

COMO TIRAR O PARÁ DA LANTERNA DO IDEB?

Com rede física precária e professores mal preparados, o Pará exibe resultados péssimos na educação básica

Em Ligação do Pará, próximo a Dom Eliseu, uma escola ficou com 12 computadores praticamente um ano encostados em uma sala que deveria ser a de informática. Sem uso, apenas serviram para uma propaganda de inclusão digital, tão ao gosto dos governos de plantão. Na Ilha do Maracujá, distante a apenas 20 minutos de barco da capital Belém, as aulas são feitas à luz de lamparinas, pois não há energia elétrica na comunidade. Duas situações distintas, de localidades muito distantes entre si, mas que representam as dificuldades enfrentadas por quem trabalha em escolas paraenses para levar educação a crianças e jovens do estado.

A avaliação do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) divulgado pelo Ministério da Educação (MEC), na última segunda- feira, em que o Pará, mesmo com alguns avanços, ainda se mantém muito distante de uma excelência educacional adequada, pode servir de alerta para que o próximo governador corrija os rumos do ensino básico no estado.

O Pará evoluiu, segundo os dados do Ideb. Mas ainda patina em algumas séries, principalmente de 5ª a 8ª. Os índices mostram que nos anos iniciais do ensino fundamental, ou seja, de 1ª a 5ª série, o Pará passou de 2,8 em 2005 a 3,6 em 2009. Houve um crescimento, comemorado pela Secretaria de Estado da Educação (Seduc). Também houve melhora no ensino médio. Em 2005, o Pará teve um desempenho de 2,8. Em 2009 passou para 3,1.

“O calcanhar de Aquiles são os anos finais do Ensino Fundamental, aquilo que hoje é considerado de 6ª a 9ª séries”, diz o pedagogo e doutor em Educação Ronaldo Lima, coordenador de Pós-Graduação do Instituto de Educação da Universidade Federal do Pará (UFPA). De fato, é onde o Estado praticamente estagnou. Em 2005, a pontuação foi de 3,3. Quatro anos depois, é de 3,4, ou seja, quase o mesmo índice.

Para ler mais, www.diariodopara.com.br
PS: Esse é o mundo real da educação pública no Pará, mas certamente que, na propaganda eleitoral, os números serão diferentes. Vão falar de avanços, de aceleração na educação, de mudanças maravilhosas em relação ao passado. Será o Pará das estatísticas oficiais, mas antagonizado pela realidade nua, crua e cruel mostrada nesta reportagem do jornal Diário do Pará e vivenciada por milhares de estudantes paraenses, aqui na capital e no mais miserável grotão do Estado.
"Acelera, Pará!", dirão os apresentados da campanha chapa branca.
O dinheiro que falta aos investimentos na educação, porque desviado em contratos não licitados, como o kit escolar, abundarão na campanha oficial. R$ 47 milhões serão torrados no esforço inglório de tentar reeleger Ana Júlia.
Pobre Pará, que elege administradores incompetentes e improbos!

2 comentários:

Adivanildo lucena disse...

A EDUCAÇÃO precisa ser levada a sério no Estado do Pará. Vivemo uma enganação uma verdadeira hipocrisia. O professor finge que ensina e os alunos fingem que aprendem. Professores com baixa remuneração e uma enxurrada de de professores sendo formados pelas Universidades a curto prazo sem qualidade necessária, não se poderia esperar outro resultado no IDEB ao Pará.

Anônimo disse...

fiquei passado de saber que o governo federal repassa dinheiro direto para as escolas e que a população deveria fiscalizar através de seus conselhos escolares a correta aplicação desse recurso, porém esses conselhos geralmente são criados ou feitos nas coxas pelas pessoas que "administram" essas escolas pública, pois muitas pessoas não sabem nem quem representa sua categoria nesse conselho e esses conselheiros biônicos não sabem ou não querem dizer quanto vem em verbas para escolas e onde foi aplicadas.

soube que um dos programas do governo federal, garante uma verba a mais para escola que apresentarem queda no ensino de seus alunos, isso mesmo, eu não escrevi errado não."governo federal repassa uma grande verba para escola que apresentarem queda na aprendizagem de seus alunos",ou seja, a escola recebe até premio em dinheiro do governo Federal, para seus alunos irem de mau a pior no ensino.
que no meu ver deveria ser ao contrario, mais isso é Brasil.
Como aquele apresentador tele-jornalístico fala "ISSO É UMA VERGONHA".