O carioca Antonio Pedro de Siqueira Indio da Costa, 39 anos, transformou-se em figura nacional da noite para o dia. Índio, que nem na política carioca tinha qualquer proeminência, foi levado para o centro do picadeiro. O que será que esse salto significará para ele no âmbito do Rio de Janeiro? Resposta só se terá com o desenrolar da campanha. Mas já é possível trabalhar com algumas conjeturas.
Primeiro, é preciso situá-lo regionalmente. Deputado federal de primeiro mandato, com votos basicamente extraídos das urnas da Barra da Tijuca e da Zona Sul da cidade, Indio não foi um parlamentar influente no estado nestes quase quatro anos na Câmara. Teve um brilho fugaz quando sub-relatou a CPI dos Cartões Corporativos e agora apareceu com uma luz mais intensa como relator do projeto Ficha Limpa.
Nenhum desses dois bons momentos, porém, deram a Indio um ganho efetivo de prestígio no Rio. Seu destino até segunda-feira passada era tentar uma difícil reeleição. Nos últimos dois anos, trabalhou para sair das asas de Cesar Maia, seu inventor, mas ficou no meio do caminho dessa tentativa.
No melhor cenário para Indio, ele se elege vice-presidente da República na chapa de José Serra e Cesar Maia fracassa na sua tentativa de chegar ao Senado. Indio teria, assim, a oportunidade de agrupar em volta de si a oposição ao governo estadual, se Sergio Cabral reeleger-se; ou ter alguma influência num governo de Fernando Gabeira, que faz campanha aliado ao DEM.
Para ler mais, http://veja.abril.com.br/blog/radar-on-line/
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