Um ex-integrante da Comissão de Licitações da Assembleia Legislativa do Pará (Alepa) está sob suspeita de contratar empresas de parentes.
Muito além de fraudes na folha de pessoal da Alepa, a investigação mostra que o esquema usava empresas de parentes de uma integrante da Comissão de Licitação.
As fraudes na folha de pessoal da Assembleia Legislativa do Pará não eram as únicas formas usadas para desviar dinheiro da casa.
Documentos apreendidos durante ação do Ministério Público Estadual (MPE) e da Delegacia de Investigações e Operações Especiais (Dioe) revelam que contratos com prestadores de serviço também eram usados como escoadouro do dinheiro público.
O promotor Nelson Medrado diz que, embora a prioridade seja a investigação de servidores fantasmas e uso de gratificações fictícias para engordar remunerações, o MPE será obrigado a investigar também a relação da Alepa com empresas ligadas a servidores da casa.
Um dos casos investigados é da ex-servidora Daura Irene Xavier Hage, que fazia parte da Comissão de Licitações da Aepa (responsável pelos processos de contratação de obras e serviço). Daura Hage é suspeita de ter contratado serviços de pelo menos seis empresas ligadas a familiares seus. Em dois anos (2005 e 2006, na gestão do hoje senador Mário Couto como presidente da AL), essas empresas fecharam com a Assembleia Legislativa contratos que somaram R$ 8 milhões.
Notas fiscais apreendidas durante busca e apreensão no último dia 19 revelaram ainda que a maioria dos contratos fechados pelas empresas do grupo era em valores próximos a R$ 79 mil. A suspeita é de que esse valor era usado como forma de fugir do processo de licitação do tipo tomada de preço, muito mais rigoroso. Compras e serviços até o valor de R$ 80 mil poderiam ser contratados pela modalidade carta-convite, em que são analisadas propostas de três fornecedores.
Fonte: www.diriodopara.com.br
PS: Em tempo: Daura Hage é prima do deputado estadual Júnior Hage (PR), hoje titular da Secretaria de Estado de Trabalho, Emprego eRenda (Seter).
Um comentário:
Cunhado, o que falta para a Josefina apoiar a CPI?
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