domingo, 15 de maio de 2011

NOVO ESTADO: A DESINTELIGÊNCIA PODE INVIABILIZAR ESSE PROJETO

Interesses mesquinhos e a desinteligência ameaçam este projeto. A hora é de unidade

Em evento realizado, na sexta-feira passada, em Santarém, com a presença de prefeitos e vereadores da região, os organizadores do movimento pela criação de um Novo Estado no Oeste do Pará fizeram justamente o que não se deve fazer quando se buca a unidade política de uma região em busca de um objetivo tão caro.

O deputado Lira Maia e seus representantes no tal comitê sabem que a denominação "Tapajós" está longe de alcançar a unanimidade entre os líderes políticos e a população do Oeste. Por que "Tapajós", se também há Amazonas, Trombetas, Paru, Xingu?

Tanto sabem que até adotaram o genérico "Novo Estado" quando perceberam a rejeição durante as reuniões que debateram a proposta em algumas cidades da região. Na Calha Norte, por exemplo, a rejeição ao nome "Tapajós" é quase uma unanimidade. No Xingu, cuja influência chega a mais nove municípios, o nome também está a uma distância amazônica de alcançar o consenso. Este blog, por exemplo, propõe a denominação "Pará d'Oeste" e quer debatê-la.

Mas, ainda assim, a coordenação do movimento, de forma irresponsável, resolveu apresentar aos presentes até um "Hino Oficial do Estado do Tapajós", cuja letra, pela informação que me chegou, expressa exatamente NADA sobre o futuro Novo Estado. Não bastasse ser esta uma atitude autocrática, antidemocrática e desrespeitosa, ainda pediram aos presentes que ficassem de pé para ouvir pela primeira vez o tal hino. Um absurdo! Meteram os pés pelas mãos, atolaram o pé na jaca!

Quem decidiu que o nome do futuro Estado será Tapajós? Quem aprovou a escolha do hino, da bandeira, do brasão, ou qualquer outra identificação do futuro Estado? Quem?

Os iluminados indicados e comandados pelo deputado Lira Maia (DEM) precisam entender que essa atitude destrambelhada em nada ajuda a construir a unidade política indispensável ao sucesso dessa luta. 

Santarém caminha para ser a capital do futuro Estado, pelo menos é a que tem a melhor estrutura urbana e centralidade geográfica para assumir esse papel, mas seus líderes políticos não precisam agir de maneira autocrática para assumir esse papel.

Vamos com calma, meus amigos, muita calma. Unidade e liderança se constróem com convencimento, com ação política democrática, com articulação legíma e respeitosa a todos os demais agentes políticos participantes do processo. Ou estes não passariam de simples coadjuvantes e meros figurantes?

Se continuarem a agir assim, a unidade será impossível e a luta caminhará para o fracasso. E os adversários políticos da criação do Novo Estado aplaudirão nossa estupidez e festejarão nossa derrota.

Temos um objetivo cristalino e que deve nos unificar politicamete: a criação do Novo Estado. Vamos principalizar esse objetivo. Deixemos os 5% que nos dividem e separam para um outro momento. A próxima etapa é a aprovação do projeto do plebiscito no Senado Federal. Vamos priorizar isso. Nome do futuro Estado, sua bandeira, seu hino, seu brasão, a futura capital, estes são debates e decisões posteriores.

Vamos mostrar que nós, liliputianos, desde que unidos e fortalecidos por decisões e ações inteligentes, podemos vencer, sim, um gigante chamado Gulliver.

2 comentários:

Bruno Santarém disse...

Esses cara são f...pra que polemizar com o nome se o mais importante é a emancipação, a desconcentração ADM, o desenvolvimente da população de uma região! Por mim tanto faz o nome, eu apoiaria se fosse Amazônas do Centro, Pará do Oeste, Estado do Xingú, Estado da Calha Norte...por mim não importa a denomição q tenha...quero sim uma maior efetividade da Administração, e principalmente q se converta em Mtos conursos públicos q estamos carente tb!!!

Blog do Piteira disse...

Estás corretíssimo, Bruno! Vamos focar noss luta naquilo que hoje é o mais importante: aprovar a criação do Novo Estado.

Os detalhes deixamos para a próxima etapa.

Piteira