“Para mim, não existe ambiente que não seja humanizado e, por isso, muitas vezes, nossos inimigos são os próprios ecologistas fundamentalistas. Refiro-me a esse discurso de separação homem-natureza, de supervalorização dos biomas intactos. Por causa de um sapo ou de uma pequena ave, age-se em detrimento do homem. É preciso resgatar a ecologia que interroga aquilo que são seus próprios pressupostos, não apenas do meio ambiente, mas de tudo que está a sua volta, de sua relação com a economia, com a sociedade. É hora de resgatar uma ecologia que proponha novos modelos de olhar o mundo, novas civilizações mais sustentáveis. Hoje, em nome da baleia, em nome do golfinho, o homem acaba por ser levado para o gueto. É preciso salvar os animais, as plantas, mas também devemos salvar as pessoas, dentro de um sistema de vida que não as empurre para a miséria” – Mia Couto, 55 anos, biólogo e escritor moçambicano, em entrevista à revista Nacional Geographic, edição de maio de 2011.
Vale à pena ler toda a matéria.
Fonte: www.ngbrasl.com.br
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