sexta-feira, 11 de março de 2011

EMATER MONTE ALEGRE: UMA DENÚNCIA QUE AGUARDA INVESTIGAÇÃO

Uso indevido de patrimonio da Emater causou prejuízo de milhares de reais ao órgão. Até agora, apuração, nenhuma; responsabilidade, idem
Passados mais de dois anos desde que sofreu violento acidente no cruzamento das rodovias PA's 423 e 254, em janeiro de 2009, a caminhonete Ranger da Emater de Monte Alegre, placas JVK-5064, começou a ser depenada. Há pouco mais de um mês, uma peça valiosíssima do veículo, uma bomba do sistema hidráulico, com valor na faixa de R$ 15 mil, foi roubada do que restou do veículo. Na época do acidente, o veículo tinha chegado ao município, e estava com menos de 4 mil quilômetros rodados.

Depois do acidente, o veículo ficou abandonado no pátio da Emater local até dezembro passado, quando foi rebocado, não se sabe por qual motivo, para a sede da Cooperativa Integral de Reforma Agrária de Monte Alegre (Cirama), também comandada por militantes do PT, na sede do município, no início da rodovia PA-423.

Não bastasse a total e irrestrita omissão das direções estadual e local do órgão, a história do acidente é a mais cabal demonstração do quanto o órgão estava a serviço do partido e dos interesses dos seus militantes. Interesse público, mesmo, nenhum!
Quando sofreu o acidente, o veículo estava voltando de mobilização e reunião de campanha para a eleição do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras (STTR) de Monte Alegre, na comunidade de Novo Brasil. Era um domingo, e nele estavam Zé Costa, ex-presidente do STTR e atual vereador do PT; o candidato da situação à presidência do STTR e militante do PT local, Zeca Bento; o presidente da Cirama, o chefe do escritório local da Emater, Elienai Cardoso, e um líder da comunidade de Novo Brasil, onde aconteceu a reunião de campanha eleitoral.

Diante do escandaloso aparelhamento político do órgão e de seu patrimônio, funcionários do órgão, indignados,  encaminharam documentos à direção regional e estadual do órgão com pedido de investigação, mas nada, exatamente nada, foi feito.

O que eles querem não é vingança, mas justiça: querem, mesmo passados já mais de dois anos, que a direção estadual do órgão mande apurar as denúncias e as responsabilidade por tamanho prejuízo ao órgão com a perda do veículo.

Faz sentido, muito sentido! Caso contrário, vai ficar aquele cheiro podre de omissão.

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