Jarbas: ""Temos de ter uma conduta ética inflexível do Poder Judiciário"
"A juíza Clarice, do caso da menina de Abaetetuba, que foi acusada de ter ido lá, visto a menina, ela ter clamado à magistrada pela sua situação de menor, na cela, e ela nada fez. A OAB fez uma representação contra a juíza Clarice. E o tribunal daqui, ao se reunir, fez um ato de desagravo à juíza Clarice e arquivou a representação da Ordem. A Ordem recorreu ao CNJ e o CNJ deu a pena de aposentadoria compulsória à juíza Clarice. Há muitos exemplos, mas eu vou lhe dar um exemplo recente. A OAB fez uma representação contra a doutora Vera e a doutora Marneide, no caso do Banco do Brasil, dos R$ 2,3 bilhões que, por pouco, não foram pagos pelo Banco do Brasil – e ninguém, em sã consciência, daria curso àquela ação. A OAB pediu a punição tanto da juíza, quanto da desembargadora. Sabe o que o tribunal fez? Instaurou processo administrativo preliminar, sem a participação da OAB, por entender que processo administrativo preliminar é secreto. Então, veja bem: aqui, o tribunal, quando não quer punir, faz um processo administrativo prévio, que é para dizer o seguinte: “ninguém participa, nós vamos verificar e, ao final, vamos concluir o seguinte: olha, nada foi apurado. Arquive-se”. Quando ele quer apurar, faz um processo administrativo disciplinar, com a participação de todos. Então, não podemos ter isso. Temos de ter uma conduta ética inflexível do Poder Judiciário".
- Jarbas Vasconcelos, presidente da secção Pará da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/PA), domingo passado, em entrevista à jornalista Ana Célia Pinheiro, editora do blog Perereca da Vizinha.
Para ler a entrevista na íntegra, acesse www.pererecadavizinha.blogspot.com
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