quinta-feira, 17 de março de 2011

ALEPA CRIA COMISSÃO PARA ACOMPANHAR OBRAS DE BELO MONTE

Deputados estaduais querem assegurar que pelo menos 15% da energia gerada pela usina hidrelétrica de Belo Monte sejam distribuídos em território paraense. Essa será uma das principais bandeiras que a comissão parlamentar formada na Assembleia Legislativa do Pará (Alepa) vai defender.

A comissão será composta pelos deputados Martinho Carmona (PMDB), que também é autor do requerimento para criação da comissão, Osório Juvenil (PMDB), Airton Faleiro (PT) e Júnior Ferrari (PTB). A comissão deverá ser instalada, ainda hoje, pela mesa diretora da Alepa.

Segundo Carmona, a comissão vai acompanhar todas as etapas do projeto Belo Monte, mas o objetivo principal dos parlamentares será conseguir estabelecer o percentual de energia que deverá ser consumida no Pará. A ideia é que o consórcio responsável pela construção de Belo Monte seja obrigado em lei a destinar parte da energia gerada pelo rio Xingu ao Estado gerador.

Carmona ressalta que vários empreendimentos deixaram de ser implantados no Pará por falta de energia suficiente para a produção. “O nosso objetivo é que, com o aumento da geração de energia, o Pará possa atrair investimentos para gerar trabalho, renda e desenvolvimento. Sem energia não há novos investimentos”, acentua.

Inicialmente, a comissão parlamentar vai marcar uma reunião com o consórcio Norte Energia, que venceu o leilão para a construção da hidrelétrica. A partir da reunião com a direção do consórcio, a comissão vai definir a pauta de atuação.

Já há previsão de realização de audiências públicas em Altamira, um dos municípios afetados pela barragem da usina que será construída na volta grande do rio Xingu, mais precisamente no município de Vitória do Xingu, no sudoeste paraense.

CÂMARA FEDERAL

Membros da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal visitarão a região de Belo Monte para ouvir as populações residentes na área onde a usina será instalada. A data da visita ainda será definida. A comissão também pretende realizar audiência pública para coletar informações das populações tradicionais do Xingu, que terão que ser deslocadas para dar lugar à barragem de Belo Monte, como indígenas, pequenos agricultores e ribeirinhos.

Fonte: www.diariodopara.br

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