A crítica ao aumento do salário mínimo, considerado insuficiente, e a luta pelo fim do fator previdenciário viraram samba na Avenida Rio Branco, coração financeiro do Rio de Janeiro, ontem.
Pelo 14º ano seguido, o Bloco dos Aposentados reuniu centenas de pessoas em uma mistura irreverente de crítica e protesto contra a política do governo para a categoria. “No começo era só uma bandinha. Depois virou um bloco de protesto dos aposentados. É para nós podermos ter uma diversão, mas protestando contra o que eles fazem com a nossa categoria”, explicou o coordenador do bloco, Moacir José de Lima.
Lima destacou que a principal crítica é o reajuste do mínimo. “O pessoal que foi eleito parece que já entrou de brincadeira. Mais de sessenta por cento [de reajuste salarial] para deputados, 133% para presidente e para os aposentados 6,41%”.
O coordenador do bloco também criticou o fator previdenciário, medida instituída no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que limita o benefício das aposentadorias segundo a idade em que o trabalhador se aposenta: “Este ano nós vamos conseguir derrubá-lo”.
Nesta edição, o bloco homenageou o senador Paulo Paim (PT-RS), chamado no samba como “o pai dos aposentados”, em letra de Ney do Pagode, Jesus e Paulinho Tamborim. Cerca de 800 camisetas do bloco, com o rosto do senador estampado, foram vendidas.
Fonte: Agência Brasil
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