segunda-feira, 21 de março de 2011

POLÍCIA CIVIL VAI INVESTIGAR DENÚNCIA DE FRAUDES NA ALEPA

A Delegacia de Operações e Investigações Especiais (Dioe) abrirá inquérito para apurar fraudes no setor de pessoal da Assembleia Legislativa do Pará (Alepa). Segundo a direção da Dioe, ainda hoje será anunciado o delegado responsável pela apuração.

O inquérito foi pedido pelo promotor Arnaldo Azevedo, do Ministério Público Estadual, que também irá apurar a suposta responsabilidade criminal de servidores do setor.

A Dioe vai investigar as suspeitas de que uma máfia atuava dentro do setor de pessoal da Alepa, forjando contratos para servidores e estagiários fantasmas e criando, por meio de atos secretos, gratificações sem justificativa legal para servidores que em alguns casos tinham a remuneração triplicada.

Denúncia anônima que deu origem à apuração revela que cerca de 140 servidores teriam se beneficiado das fraudes, a maioria do alto escalão, detentores de cargos de confiança.

Presidente da Alepa, o deputado Manoel Pioneiro (PSDB) disse ter recebido com tranquilidade a notícia de investigação na Casa. “Não há problemas. O papel da polícia é investigar, que investiguem”, disse Pioneiro, ressaltando, contudo, que já há uma sindicância interna aberta para apurar o caso. Segundo ele, nessa semana devem ser intensificados os trabalhos com o depoimento de testemunhas.

O caso também está sob investigação da Receita Federal porque há suspeita de que o esquema tenha sido usado também para sonegação fiscal. Embora não haja ainda investigação oficial contra deputados, existe uma lista de pelo menos quatro parlamentares com estreitas ligações com servidores suspeitos de participarem do esquema.

Uma das maiores preocupações dos responsáveis pela apuração é a integridade das provas que podem haver no sistema de geração da folha e em documentos do Departamento de Gestão de Pessoas. Pioneiro rechaçou as desconfianças. “Prova é prova, não desaparece assim”, disse.

A Receita Federal já recebeu a folha de pessoal da AL e deve analisar também a movimentação bancária dos servidores suspeitos. Segundo denúncia anônima, uma única funcionária com salário de R$ 600 teria movimentado em menos de um ano mais de R$ 600 mil.

Fonte: www.diariodopara.com.br

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