O jornal O Estado de S. Paulo perdeu, há uma semana, o contato direto com o repórter Andrei Netto, correspondente em Paris que estava no oeste da Líbia cobrindo os confrontos entre rebeldes e forças do regime de Muamar Kadafi. Segundo informações não confirmadas, obtidas hoje pelo jornal, Netto teria sido preso pelo governo, juntamente com um outro jornalista e um guia líbio que os auxiliava.
Até domingo, o jornal recebia informações indiretas de que seu repórter estava bem, escondido na região de Zawiya - cenário de violentos confrontos entre Kadafi e os insurgentes, a 30 quilômetros de Trípoli. A comunicação direta com a redação - por meio de telefonemas e e-mails - havia sido propositadamente cortada por segurança, afirmavam fontes líbias.
Hoje, porém, novas informações indicavam que Netto tinha sido preso na região de Zawiya. Em conversa por telefone com o jornal o vice-chanceler da Líbia, Khaled Qaim, disse que a notícia da prisão era "provavelmente correta". Ele já estava informado sobre o assunto antes de ser contatado pelo jornal e se comprometeu a ajudar a localizar o brasileiro. Até o início da noite de hoje, porém, Trípoli não tinha confirmado oficialmente a detenção.
O governo brasileiro, a Embaixada da Líbia no Brasil, o Comitê Internacional da Cruz Vermelha, a ONU e vários veículos de comunicação do Brasil e do mundo estão colaborando com o Grupo Estado no sentido de garantir a integridade física e segurança do repórter, bem como sua saída imediata e em segurança da Líbia. A família do repórter - que tem 34 anos e é gaúcho de Ijuí - está em contato direto com o jornal.
Fonte: Agência Estado
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