No Pará, 37,5% dos professores da rede pública não têm formação para exercer a profissão e estão em situação irregular. Pela Lei de Diretrizes e Bases (LDB), os docentes do sexto ano do ensino fundamental ao terceiro ano do ensino médio devem ter formação superior. No entanto, mais de 16 mil professores dessas séries no Estado concluíram apenas o fundamental ou o médio. Os dados constam no Censo Escolar realizado pelo Inep, instituto ligado ao Ministério da Educação (MEC).
É a quinta pior situação em todo o Brasil. Na Bahia, esse percentual chega a 50,85% dos 96,5 mil docentes dessas séries. Em seguida aparecem: Acre (45,3%), Maranhão (44,61%) e Roraima (41,93%). Na outra ponta surge São Paulo, com a melhor taxa nacional. Somente 2,25% dos 238.667 professores dessa fase do ensino não terminaram a faculdade. Em todo o País, o índice é menos da metade da marca paraense: 16,8% (208 mil professores).
De acordo com o fundador da ONG Todos Pela Educação, Mozart Neves Ramos, o percentual de docentes sem faculdade também descumpre as metas do Plano de Educação Básica. A estratégia do plano era, entre 2000 e 2010, prover a titulação de nível superior para todos os professores da educação básica. Segundo ele, o dado deflagra o caos da educação no País, sobretudo nas regiões mais pobres.
Fonte: http://www.orm.com.br/oliberal/
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