Prefeitos, vereadores e dirigentes de entidades civis do interior do Estado, que já estavam de malas prontas para vir a Belém e participar da próxima reunião do Comitê Gestor do Programa Luz para Todos no Pará, marcada para o dia 12 de abril, próxima terça-feira, terão que adiar a viagem por quase um mês.
É que a reunião foi cancelada e remarcada para o dia 3 de maio, o que causa frustração nas comitivas municipais e ainda mais angústia aos milhares de agricultores que aguardam anos e anos a chegada da energia elétrica a suas casas.
É o caso da maioria dos municípios do sudoeste paraense, por exemplo. No dia 22 de março, quase 600 agricultores interditaram a rodovia Transamazônica, no porto do distrito de Miritituba, no município de Itaituba. Uma das principais reivindicações do grupo é justamente a agilização das obras do programa Luz para Todos, que tem, naquela região, um dos maiores índices de atraso.
A coordenação do movimento suspendeu o protesto diante da promessa de que os pleitos dos agricultores seriam discutidos na reunião do Comitê Gestor, dia 12 de abril. Uma comissão viria a Belém para participar da reunião, mas esta acaba de ser adiada.
E agora?
O Programa Luz Para Todos foi criado em 2003, com o objetivo de levar energia elétrica a dez milhões de brasileiros, especialmente na área rural, mas só começou a ser executado um ano depois.
Para o Pará, o governo federal destinou R$ 2 bilhões e prometeu que mais 567 mil novos domicílios seriam atendidos pelo programa até o final do ano passado, mas mudanças por decreto publicado em outubro prorrogam cumprimento das metas para o final de 2011. No Estado, o programa foi alterado: quatro municípios saem e 15 entram.
E justamente por conta das mudanças anunciadas é que a reunião dia 12 de abril estava cercada de grande expectativa. O adiamento da reunião só faz aumentar a ansiedade de todos.
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