terça-feira, 12 de abril de 2011

BELO MONTE: FORT XINGU REPUDIA PEDIDO DA OEA

Ainda que com o atraso de uma semana, vale a pena ler a nota de repúdio lançada pelo Fórum Regional de Desenvolvimento Econômico e Socioambiental da Transamazônica e Xingu (FORT Xingu) contra o pedido da Organização dos Estados Americanos (OEA) ao governo brasileiro para parar o processo de construção do Aproveitamento Hidrelétrico (AHE) Belo Monte, no rio Xingu, no Pará.

Segue abaixo parte da nota e, no rodapé, o link para a íntegra do texto.

O Fórum Regional de Desenvolvimento Econômico e Socioambiental da Transamazônica e Xingu (FORT Xingu), composto por mais de 170 entidades da sociedade civil da região, vem a público se manifestar sobre o pedido da Organização dos Estados Americanos (OEA) para que o Brasil suspenda o processo de licenciamento da usina de Belo Monte e sobre a reação do governo brasileiro a este pedido, assinado pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da OEA:

1 – Consideramos absurdo o pedido feito à OEA, uma verdadeira afronta à soberania brasileira, uma ingerência sobre a decisão soberana do país de construir uma obra de infraestrutura importante e estratégica, respeitando todas as leis ambientais brasileiras e tomando os cuidados para garantir os direitos de toda a sociedade brasileira e de grupos indígenas e ribeirinhos.

2 – Apoiamos a reação do governo brasileiro, que se mostrou perplexo com a forma como a OEA agiu, como se a organização fosse uma espécie de governo mundial, responsável por gerir projetos, obras e leis em qualquer país. O Brasil é um país livre, democrático e soberano, com liberdade para decidir sobre o seu futuro e sobre os seus projetos estratégicos, especialmente na área energética, considerando a necessidade de se gerar energia de forma limpa e reduzindo a dependência de combustíveis fósseis.

3 – Lamentamos profundamente que uma organização importante como a OEA se deixe levar por acusações que se mostram infundadas, feitas por organismos que estão atuando no Brasil e são financiados por grupos empresariais e países estrangeiros, usando indígenas e outros grupos de pessoas para disseminarem falsas informações, escondendo os seus verdadeiros interesses. 

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