sábado, 30 de abril de 2011

MATO GROSSO DEBATE HIDROVIA TAPAJÓS-TELES PIRES. E NÓS?

Com custo estimado de R$ 1,5 bilhão, a hidrovia vai causar impactos positivos na região, mas até agora os paraenses do Oeste estão fora desse debate

Lideranças políticas e seguimentos sociais e produtivos de Sinop (MT) e região debateram, na noite de ontem, a implantação das eclusas nos rios Teles Pires, Tapajós e Juruena, além da implantação de hidrovias nos dois primeiros. De acordo com o deputado estadual Dilmar Dal Bosco (DEM), um dos proponentes da audiência pública, o principal foco da discussão é sobre o aproveitamento do potencial dos rios da região onde estão sendo instaladas usinas para oportunizar a construção de eclusas, visando o transporte hidroviário.

O parlamentar acredita que a construção de hidrovias beneficiará a região de duas maneiras. A primeira delas, o setor produtivo ganhará com um modelo de transporte de quatro a cinco vezes mais barato do que o rodoviário e que, por consequência, vai proporcionar uma maior competitividade do produto local no mercado internacional. Já a segunda, seria a diminuição do trânsito de veículos pesados pela BR-163.

"Para escoarmos a atual safra de produtos agrícolas somente do Norte do Estado, é necessário alinhar cerca de 700 mil carretas. Com a hidrovia, vamos diminuir este volume consideravelmente nas nossas rodovias. Além da diminuição deste tráfego, haverá o aumento da competitividade do nosso produto, já que o produtor gastará menos no frete. Com o produto mais barato, poderemos competir com maior igualdade no mercado internacional", explicou.

Após esta audiência, os parlamentares pretendem se mobilizar para pressionar o governo federal e mostrar a importância da obra para o Estado. De acordo com Dilmar, os parlamentares querem que o sistema hidroviário também seja implantado em outros rios do Estado, desde que haja viabilidade para o projeto. O parlamentar afirmou que há a possibilidade de outra audiência ser realizada em Colíder ou Alta Floresta.

Fonte: http://www.sonoticias.com.br/noticias/10/125780/

PS: E nós, paraenses, quando vamos meter nosso bedelho nessa discussão? Ou melhor: quando nós, paraenses do Oeste, vamos entrar nesse debate e dizer o que queremos, já que tudo isso vai desaguar na cidade de Santarém, foz do Tapajós, com a construção da hidrovia Teles Pires-Tapajós?

O que fazem a Amat e Amucan, as duas associações de municípios do Oeste do Pará, que ainda não puxaram um evento para debater esse projeto dos mais importantes para nós? E os prefeitos e vereadores da região? E as associações comerciais e empresariais? Vamos deixar que todas as iniciativas desse projeto sejam tomadas pelos matogrossenses?

Vamos acordar, Pará d'Oeste! Se queremos ser um novo Estado, tomar a frente no debate sobre projetos como esses é o mínimo que devemos fazer.

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