O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) iniciou, nos últimos dias, campanha para pedir reforma agrária. O movimento fez cerca de 70 ocupações em mais de 20 estados e mantém acampamentos em dez capitais para marcar a passagem do Abril Vermelho, período tradicional de mobilização do MST.
A orientação é que as manifestações evitem conflitos. “Há um estilo nessas mobilizações que não é de provocar ou criar conflitos que possam gerar qualquer tipo de violência”, disse João Paulo Rodrigues, da coordenação nacional do movimento, à Agência Brasil. Segundo ele, “há um cuidado maior nas ações do MST” e as lideranças têm em vista que “os meios de comunicação a cada momento só tentam achar a parte ruim das mobilizações”.
A decisão de evitar conflitos não representa mudança de estratégia do movimento. “O MST continuará ocupando latifúndio produtivo que não estiver cumprindo a função social, conforme previsto na Constituição”, disse João Paulo, na abertura do seminário Eldorado dos Carajás: 15 Anos de Impunidade, promovido hoje na Câmara dos Deputados.
Quanto ao governo, a tática é ser propositivo. “Não é possível transformar a sociedade brasileira com essa estrutura agrária. Para combater a pobreza [objetivo principal anunciado pelo governo Dilma], tem que fazer reforma agrária”, avaliou João Paulo.
Fonte: www.agenciabrasil.ebc.com.br
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