Na semana passada, a governadora Ana Júlia Carepa (PT) disse que o governador eleito Simão Jatene (PSDB) receberia um Estado “mil vezes melhor” do que aquele que ela tinha recebido dele, no final de 2006. Os tucanos argumentam que a declaração de Carepa teria sido no mínimo um “exagero” diante dos números apresentados na proposta de orçamento.Na verdade, a transição de governo no Pará não traz boas notícias para o tucano eleito, Simão Jatene, que bateu nas urnas a governadora petista, Ana Júlia Carepa.
Como a conversa entre os dois lados está apenas no começo e foi criada a expectativa de que a transição será “pacífica”, Leão entregou, anteontem, ao coordenador de transição do atual governo, Edílson Rodrigues, um ofício pedindo informações sobre o funcionamento do Estado.
No documento, há perguntas sobre receita e dívida pública, operações de crédito, gastos com pessoal, previdência social, pendências decorrentes de convênios e contratos, além de política de fomento ao setor produtivo.
O número de servidores estáveis, temporários e admitidos por intermédio de concurso também aparece na pauta de questionamentos. Os próximos passos da transição vão depender das respostas da equipe da governadora ao pessoal de Jatene.
A proposta de orçamento para 2011 é tida pelo coordenador de Jatene na transição, o economista Sérgio Leão, como “frágil” e capaz de criar “limitação financeira” ao futuro governador para cumprir seus projetos e ações. A receita total líquida para 2011 é de R$ 12,4 bilhões, já deduzida a contribuição do Estado ao Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica e Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), no valor de R$ 1,5 bilhão.
As despesas totais somam R$ 10,4 bilhões. Os gastos com pessoal estão previstos em R$ 6 bilhões, enquanto as outras despesas alcançam R$ 4,4 bilhões. Nestes valores estão considerados os gastos de todos os poderes constituídos, o Ministério Público, a Defensoria Pública e os demais órgãos constitucionais independentes. O problema do orçamento, porém, está nos investimentos. E isso causa apreensão aos técnicos tucanos.
“Há setores que têm zero de investimento ou estão com valores baixíssimos para suas reais necessidades”, avalia Leão. Para ele, essas limitações de recursos exigirão ajustes na máquina governamental para o funcionamento adequado do Estado, evitando prejuízos à população.
Fonte: http://www.diariodopara.com.br/
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