A nobel da paz iraniana, Shirin Ebadi, pediu, neste domingo, à presidente eleita, Dilma Rousseff, que, caso visite o Irã, "não cubra a cabeça com um véu", para defender os direitos das mulheres.
"Todas as mulheres, muçulmanas ou não, que chegam ao Irã têm que cobrir a cabeça. Alguém tem que mostrar ao governo do Irã que esta lei não é correta", afirmou Shirin.
Dilma, que substituirá o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no dia 1º de janeiro, não antecipou como serão suas relações com o Irã, mas precisou que tem "uma posição bem intransigente" em relação à defesa dos direitos humanos.
Shirin também pediu à presidente eleita que converse com movimentos independentes de mulheres iranianas, "não só com as que estão no Parlamento", e criticou Lula por ignorar seus pedidos de defender os oprimidos pelo regime islâmico.
"Lula visitou Teerã, abraçou o presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad, deu um beijo no rosto e foi embora. Parece que se esqueceu das pessoas que morrem e são presas no Irã", assinalou.
A advogada e opositora iraniana lembrou o passado sindicalista do presidente Lula e disse que lhe enviou "mensagens" para que se reunisse com as famílias de trabalhadores iranianos presos pela relação com os sindicatos.
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/mundo/
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