A hidrelétrica de Teles Pires (MT-1.820 MW), prevista para compor o leilão A-5 no dia 17 de dezembro, deverá ser muito disputada entre os investidores, segundo o presidente da Empresa de Pesquisa Energética, Maurício Tolmasquim. Segundo ele, a usina não tem muitos problemas ambientais e isso é muito bem visto pelos empreendedores. O preço-teto da hidrelétrica foi aprovado na última quarta-feira, 10 de novembro, pelo Tribunal de Contas da União e será de R$ 87/MWh.
Mas para que a hidrelétrica participe efetivamente do leilão, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis precisa emitir a licença prévia do empreendimento até o dia 13 de dezembro. "Estamos otimistas quanto as licenças ambientais, mas a decisão final é do Ibama", afirmou Tolmasquim. Ele lembrou que as audiência públicas - tanto de Sinop quanto de Teles Pires - vão começar e, por isso, as expectativas são positivas. "Teles Pires precisa ainda de uma manifestação favorável da Funai", declarou o executivo, após participar de evento da Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Energia Elétrica, que celebra 15 anos.
Além de Teles Pires, estão previstas para participarem do certame as hidrelétricas de Sinop (MT-400 MW), Ribeiro Gonçalves (PI-113 MW), Estreito Parnaíba (PI-56 MW) e Cachoeira (PI-63 MW), com preços-teto que variam de R$ 86,42/MWh a R$ 131,47/MWh. Para Flávio Neiva, presidente da Associação Brasileira das Empresas Geradoras de Energia Elétrica, o preço-teto definido para Teles Pires é atrativo para os investidores. "Depois de Santo Antônio e Jirau, a tendência é que as grandes hidrelétricas da região Amazônica tenham preços nessa faixa", analisou o executivo.
Fonte: Carolina Medeiros - Canal Energia
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