Levantamento feito pelo Conselho Estadual de Educação (CEE) do Pará afirma que metade das escolas existentes no Estado não tem autorização do órgão para funcionamento. Isso significa que pelo menos sete mil colégios, de uma rede de 14 mil, estão irregulares. Os dados incluem escolas da rede municipal, estadual e privada.
Hoje, pelos dados do CEE, existem no Pará 12 mil escolas da rede municipal, 1,2 mil da rede estadual e 800 da rede privada. O maior problema está nas escolas municipais. Pelo menos seis mil estão irregulares, segundo o Conselho Estadual de Educação. “Existem cidades que não têm uma única escola legalizada”, disse a presidente do Conselho Estadual de Educação Paraense, Suely Menezes.
Sem autorização formal de funcionamento, na prática é como esses colégios não existissem. Os diplomas expedidos por eles não tem validade mas, para burlar a lei, existem algumas estratégias adotadas pelos colégios para diminuir os transtornos aos alunos.
As escolas da rede estadual que estão irregulares, conforme o CEE, registram o diploma do aluno como se ele estudasse em uma escola regular. Assim, o aluno consegue terminar os estudos sem problemas. Já as escolas municipais normalmente pediam diretamente ao CEE para reconhecer o diploma dos alunos. Existiam casos também em que alunos, sem ter o diploma, eram obrigados a prestar exames de turmas de supletivos como se fossem egressos das turmas de Educação de Jovens e Adultos (EJA). “Esse tipo de situação é uma violência contra os alunos”, declarou Suely Meneses.
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