O racha na bancada do PMDB na Câmara se acirrou, nesta quarta-feira. Oito deputados da bancada fluminense do partido divulgaram um documento em que defendem que o partido deixe de ter cargos no governo e insinuam apoio à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Corrupção.
O grupo é capitaneado por Eduardo Cunha (RJ), figura influente na bancada, mas que também tem reunido inimizades com peemedebistas da Câmara pelos métodos atabalhoados de articulação política.
A disputa dividiu a bancada do partido, já que o grupo contrário a Cunha se rebelou também contra o líder Henrique Eduardo Alves (RN), figura próxima do deputado fluminense. A divisão agora ameaça a pretensão de Alves de se eleger presidente da Câmara no próximo biênio. Danilo Fortes (CE) é um dos porta-vozes da ala adversária de Eduardo Cunha.
O documento reforça apoio à eleição de Alves para o cargo e reafirma a lealdade ao governo federal. Por outro lado, os deputados alegam “descontentamento” com a quantidade de postos cedida à legenda. E ameaça dar vida à CPI da Corrupção: “Entendemos também que apoio ao governo não significa deixar de apurar e investigar qualquer denúncia existente, seja por instrumento tradicional, ou seja por CPI, se for do entendimento de cada parlamentar”, diz o texto.
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