terça-feira, 23 de agosto de 2011

BRASIL RESISTE EM RECONHECER LÍDERES REBELDES NA LÍBIA

Com o vitória das forças rebeldes líbias, e apesar da não rendição do ditador Muamar Kadafi, dezenas de países europeus, africanos e americanos já reconhecem o fim da ditadura de mais de 40 anos na Líbia e se dispõem a ajudar na reconstrução daquele país. Menos o Brasil.

O Brasil não adotará, neste momento, posição sobre a Líbia e irá aguardar manifestação da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre qual liderança será considerada legítima naquele país, disse, nesta terça-feira, o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota.

A decisão da organização deverá ocorrer durante o Comitê de Credenciais da ONU, em 21 de setembro, em Nova York, antes da reunião da Assembleia Geral. Patriota afirmou ainda que o Brasil reconhece "Estados, e não governos", e que, portanto, não deverá haver posicionamento brasileiro sobre a liderança rebelde.

"Não se trata de adotar alguma manifestação a respeito deste ou daquele governo neste momento", disse.

Segundo o chanceler brasileiro, há preocupação de que o novo governo seja legítimo e representativo.

"O governo deverá ser de coalizão, sobre todo o território e com legitimidade. Deve ser feita uma transição democrática. A Líbia deve percorrer um longo percurso em termos de avanços institucionais", disse Patriota.

O chanceler disse que as opiniões contrárias que o Brasil teve sobre as missões enviadas à Líbia foram em relação ao uso da força contra civis. "Existe um elo perigoso entre a manutenção da paz e o uso da força. O nosso apoio é ao povo. Houve derramamento de sangue condenável e além do aceitável", afirmou o chanceler.

Para ler mais, http://www1.folha.uol.com.br/mundo/964125-brasil-nao-reconhecera-lideranca-rebelde-neste-momento-diz-patriota.shtml 

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