A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos aprovou, ontem, o aumento do teto da dívida nacional, por 269 votos a favor e 161 votos contra, sob um pacto que não resolve o déficit, ameaça dividir os partidos políticos e tampouco devolve a confiança às agências de classificação de riscos.
A um dia do fim do prazo para que os Estados Unidos consigam evitar um histórico e inédito calote, o plano bipartidário passará agora ao Senado, que votará, hoje, o pacto alcançado no domingo por seus membros e anunciado pelo presidente Barack Obama.
A aprovação encorajou os investidores nos mercados de Ásia e Europa, mas as agências classificadoras de risco Standard & Poors e Moody's ainda não indicaram se tirarão os Estados Unidos de sua lista de devedores com crédito sob vigilância.
Segundo o Departamento do Tesouro americano, os EUA chegaram ao limite do endividamento autorizado pelo Congresso: US$ 14,29 trilhões. Sem permissão para se endividar mais, o governo se veria obrigado a suspender pagamentos a partir de amanhã.
Após semanas de disputas, o chefe da maioria democrata no Senado, Harry Reid, do estado de Nevada, e o chefe da minoria republicana Mitch McConnell, de Kentucky, firmaram um pacto que, segundo eles, reduzirá em US$ 2,4 trilhões o déficit fiscal ao longo da próxima década.
Mas o pacto não satisfaz nem os legisladores republicanos alinhados no movimento conservador Tea Party nem os congressistas democratas que fazem parte dos blocos de minorias ou estão vinculados a sindicatos.
O presidente da Câmara de Representantes, o republicano John Boehner, manteve durante o domingo e esta segunda-feira diversos encontros com legisladores republicanos para garantir seu apoio nesta Casa.
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