segunda-feira, 22 de agosto de 2011

IRÔNICO, PEDRO SIMON CRITICA PRESIDENTE DO SENADO

O senador Pedro Simon (PMDB-RS), um dos líderes da frente parlamentar suprapartidária de combate à corrupção, comparou o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), ao papa, afirmando, em tom de ironia, que ele está "acima do bem e do mal". Simon fez a crítica ao comentar a denúncia de que Sarney usou um helicóptero da Polícia Militar do Maranhão - governado por sua filha, Roseana Sarney (PMDB) - para passear em sua ilha particular.

"O Sarney é uma figura institucional, ele é que nem o Papa, se usou, usou bem. Não sei nem de quem foi, nem por que foi, usou e pronto. Não precisa explicar nada pra ninguém", criticou o gaúcho.

Reportagem da Folha de S. Paulo acrescentou que, numa das viagens no helicóptero, o desembarque das bagagens de Sarney teria atrasado o atendimento de um homem com traumatismo craniano e clavícula quebrada que fora socorrido pela PM. "Mas não era hora desse cidadão ficar doente, esperasse o Sarney fazer o passeio", ironizou Simon. "O Sarney está acima do bem e do mal", concluiu.

Simon lembrou que Sarney está há mais de 30 anos no poder e, na última eleição para a presidência do Senado, teve o apoio do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que desprezou o candidato do PT, Tião Viana (AC). Simon lembrou que votou no petista, mesmo Sarney sendo de seu partido.

Um comentário:

André Carim disse...

Amigo Piteira:
Tem razão o Senador gaúcho quando ironiza o Presidente do Senado pelo exercício impróprio do poder que, por décadas, ostenta e usa. Pena que o arauto da moralidade dos pampas esqueceu-se de fazer cobranças semelhantes ao ACM, protagonista de arroubos de tirania capazes de enrubescer ditador africano, quando ocupante do mesmo cargo. Covardia ou momentos políticos diferentes? O parlapatão, como é chamado por Collor, que o calou, é conhecido em Brasília pelas mágoas que nutre por nunca ter sido aproveitado pelo partido em um cargo de maior monta, de relevo nacional. Nunca foi indicado à Presidência da República, Vice, Ministro, Presidente do Senado nem a outro cargo qualquer de realce. Logo ele, um poço de sabedoria e moralidade, ser preterido pelo Tancredo, pelo Ulysses e até pelo Sarney? Assim, insatisfeito, passa a vida fazendo pose de rebelde, cultivando a imagem de bom moço (moço?), para, nos bastidores, patrocinar conchavos contra o partido e contra companheiros do partido. Deveria, pela coerência que tanto cobra, repensar sua trajetória política e trocar de agremiação, já que não se sente bem nesta, quem sabe até mesmo constituir um novo Partido, que abrigue suas idéias e o tenha como líder maior, elemento exponencial, mitigando assim o inchaço do seu ego vaidoso.