O presidente do Conselho Nacional de Transição (CNT), o órgão político dos rebeldes líbios, comemorou, nesta segunda-feira, a ordem de prisão do Tribunal Penal Internacional (TPI) contra o ditador Muammar Gaddafi.
"A justiça foi feita", disse Mustafá Abdeljalil, em entrevista a jornalistas em Benghazi, reduto dos rebeldes.
Gaddafi é o segundo chefe de Estado alvo de um mandado do TPI, depois do sudanês Omar al Bashir. O mandado vale ainda para seu filho Seif al-Islam e o diretor do serviço secreto líbio, Abdallah al-Senussi.
Os três são suspeitos de homicídios e de perseguições, que constituem crimes contra a humanidade cometidos pelas forças de segurança contra a população civil líbia desde 15 de fevereiro, sobretudo em Trípoli, Benghazi e Misrata.
A decisão dos juízes foi divulgada durante uma audiência pública em Haia. Eles afirmaram que a Promotoria apresentou provas suficientes para a emissão da ordem de prisão contra Gaddafi e seus parentes por orquestrar assassinato, ataques, prisão e detenção de centenas de civis durante os primeiros 12 dias da revolta popular contra seu regime.
O mandado veio em meio ao avanço das forças rebeldes, que dizem estar a apenas 80 km da capital Trípoli. Se confirmado, terá sido o maior avanço da oposição em várias semanas.
Os rebeldes, que têm como reduto as Montanhas Ocidentais, a sudoeste de Trípoli, estão lutando contra as forças pró-Gaddafi para assegurarem o controle da localidade de Bir al Ghanam, o que representa um avanço de cerca de 30 quilômetros para o norte em relação à sua posição anterior, disse um porta-voz rebelde à Reuters.
"Estamos na periferia sul e oeste de Bir al Ghanam", disse o porta-voz rebelde Juma Ibrahim, falando por telefone da vizinha cidade de Zintan.
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/mundo/935402
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