Deputada rebateu acusação e disse que já esclareceu os casos ao MP
Em pronunciamento na tribuna da Assembleia Legislativa do Pará (Alepa), na terça-feira passada, a deputada Josefina Carmo (PMDB) repudiou com veemência a acusação contida em reportagem do jornal "O Liberal", publicada no dia 5 passado, de que teria empregado "fantasmas" ou "laranjas" em seu gabinete parlamentar. Ela também negou que tenha indicado qualquer pessoa para ser contratada pelo Hospital Ofir Loyola. Antes de publicar a reportagem, O Liberal não procurou a deputada para ouvir sua versão dos fatos, como reza a cartilha do bom jornalismo. A reportagem foi reproduzida por outros jornais e blogs da região Oeste do Pará.
"O que li no jornal O Liberal me atingiu profundamente em meus pontos mais delicados de minha vida, que é a honradez e a dignidade, condutas que me foram ensinados pelos meus pais, pessoas simples, mas honradas e trabalhadoras", afirmou Josefina, retrucando o conteúdo da reportagem. "Sempre pautei minha vida no caminho da razão, do respeito e da dignidade, sem nunca ter lesado a integridade de nenhum cidadão, seja, física ou financeiramente", completou ela.
Quanto às contratações de Maria de Jesus dos Santos Alves e Maria Gorete Costa da Silva pela Alepa, citadas na referida reportagem, Josefina afirmou que "as nomeações ocorreram dentro da legalidade, pagas com verbas de gabinete, e exoneradas". E reiterou: "Tenho a devida clareza de que nenhum ato ilegal por parte do meu gabinete ou de qualquer servidor que lá trabalha compromete a minha seriedade e reputação, principalmente no que se refere o trato com o dinheiro público".
E Josefina esclareceu os dois casos citados. No caso de Maria de Jesus, esta, ao ser convidada para trabalhar na assessoria de Josefina, omitiu a informação de que era cadastrada na Colônia de Pescadores de Monte Alegre e que costumava receber o benefício anual do seguro-desemprego, que é dado aos pescadores no período do defeso de algumas espécies. Em 2009, ela teve o benefício cancelado porque o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) identificou a renda que ela recebeu da Assembleia Legislativa do Pará durante cinco meses.
Também no caso de Maria Gorete, nada de irregular aconteceu, garantiu a deputada. Maria Gorete ocupou a função de assessora pelo período de dois anos (2007 e 2008). Em 2009, quando ela procurou o Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) para requerer benefício previdenciário para o marido, teve o pedido negado porque ela, como esposa, aparecia no sistema do órgão como empregada e com renda.
Por morarem em Monte Alegre, ambas repassaram procuração legal a Juscelino Mendes, secretário parlamentar de Josefina Carmo, que recebia seus salários mensais e os repassava integralmente às duas assessoras.
Segundo a parlamentar, esses fatos já foram esclarecidos ao Ministério Público em Monte Alegre, onde a deputada e as duas ex-assessoras foram ouvidas.
Para a deputada do PMDB, os dois casos já estão suficientemente esclarecidos e demonstrados como perfeitamente legais, mas estão sendo explorados por seus adversários políticos de Monte Alegre.
Finalmente, recusando-se ao embate político de baixo nível, Josefina Carmo afirmou que continua à disposição da Justiça para prestar todas as informações complementares sobre os dois casos. Mas garantiu que vai recorrer à Justiça para exigir a necessária reparação dos danos a ela causados por seus acusadores "que não se conformam com a voz das urnas".
Para ler mais, www.josefinacamo.blogspot.com
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