Não, não! A notícia não se refere a algum ex-governador no Brasil. A notícia, infelizmente, vem dos Estados Unidos. Lá, o ex-governador de Illinois, Rod Blagojevich, foi declarado culpado pelo júri em 17 de 20 acusações de corrupção que recaem sobre ele. Entre elas, a de tentar vender o assento no Senado que Barack Obama ocupou antes de se tornar presidente.
Nos EUA, o governador é responsável por indicar substituto quando um senador deixa o cargo no meio do mandato.
Blagojevich, que é democrata, sofreu impeachment em janeiro de 2009, durante seu segundo mandato, e posteriormente foi acusado de corrupção. Ele chegou a aceitar participar em um reality show no meio da selva, na Costa Rica, mas a Justiça proibiu.
Aqui, vários governadores e ex-governadores já foram igualmente apanhados com a mão dentro dos cofres públicos, como raposas cuidando do galinheiro. Denúncias e processos até que existem, mas os infinitos recursos permitidos pela legislação brasileira e a ação de habilidosos advogados, além de nefastas influências em Brasília, ajudam a mantê-los fora da cadeia, escarrado na lei e cuspindo na cara dos cidadãos honestos que trabalham e pagam seus impostos em dia.
Diferente do que diziam chavões esquerdistas nas décadas de 60 e 70, há, sim, coisas boas que funcionam bem nos Estado Unidos e que seriam muito úteis ao Brasil. O sistema judiciário é uma delas.
Como os políticos bandidos brasileiros - de vereadores a senadores, de prefeitos a presidentes da República - não têm a dignidade dos orientais, como os japoneses, que preferem o suicídio quando flagrados no crime, mudanças na nossa legislação penal e processual seriam bem vindas.
O tempo urge!
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