A Força Sindical divulgou nota para criticar as declarações do ministro da Fazenda, Guido Mantega, que prometeu barrar qualquer proposta de reajuste do salário mínimo acima de R$ 540. Segundo a entidade, o ministro age com a "insensatez de um burocrata". A Força é central sindical comandada pelo PDT, aliado de primeira hora do então Governo Lula.
“O infeliz comunicado revela que Mantega age como um Robin Hood às avessas, se curvando aos especuladores e virando as costas para os menos favorecidos. Ressaltamos que, juntamente com as demais centrais sindicais, vamos intensificar nossa luta pelo valor de R$ 580 para o piso nacional”, afirmou a Força.
O modelo atual de cálculo de reajuste do salário mínimo garante a correção anual pela inflação e tem também como base o percentual de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do ano anterior ao envio da proposta orçamentária ao Congresso, que nesse caso seria o de 2009.
As centrais sindicais, no entanto, reivindicam uma correção diferenciada para 2011, pois em 2009, por causa dos efeitos da crise financeira mundial, o crescimento do PIB foi praticamente nulo.
Fonte: http://www.valoronline.com.br/
Enquanto esse mise en scène rola, um outro corre paraelo: o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), divulgou nota, hoje, reafirmando a disposição do partido de discutir o valor do salário mínimo, fixado pelo governo em R$ 540. No texto da nota, Henrique Alves diz que o partido quer antecipar a discussão de uma forma séria e não emocional ou demagógica.
"Em relação ao salário mínimo, o governo Lula fixou por meio de medida provisória o valor de R$ 540. Chegou a hora de o plenário debatê-lo e votá-lo. Muitas outras propostas virão. Diante da responsabilidade que temos com o país e com o nosso governo da presidenta Dilma, queremos antecipar a este momento uma discussão séria com a área econômica. Buscar números e razões para enfrentar este debate, que não pode ser emocionalizado nem demagógico", diz a nota.
Quem duvida que, no frigir dos ovos, todos não chegam a um acordo, ainda que não favorável aos trabalhadores?
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