Nem programas sociais, nem obras grandiosas. Os oito primeiros meses de governo de Dilma Rousseff foram marcados por uma intensa crise política, alimentada por uma enxurrada de denúncias de corrupção. A demissão de ministros e servidores transformou a presidente mais em uma faxineira oficial do que em uma administradora dos problemas do país. Ciente de que precisava mostrar a seus eleitores a que veio, a presidente mudou. Pelo menos é o que ela procura demonstrar.
Para abafar a crise e acalmar os ânimos, Dilma tentou deixar de lado a imagem de "gerentona" de um gestão centralizadora e pautada pela falta de diálogo. Passou a reunir-se mais com aliados, resgatou o discurso de posse, reiterando que tem como prioridade o combate à miséria. E colocou o pé na estrada.
Na última semana, a presidente fez um périplo por quatro estados. Deu entrevista a rádios locais, tirou fotos e forçou um sorriso popular. Mas o tiro pode ter saído pela culatra.
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