O ex-ministro da Defesa Nelson Jobim e os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) José Antônio Dias Toffoli e Gilmar Mendes criticaram, nesta segunda-feira, a proposta do PT de reforma política.
O principal problema, na visão deles, é o financiamento público de campanha, que abriria espaço para contribuições não contabilizadas - o famoso caixa dois. A proposta, formulada pelo deputado petista Henrique Fontana, prevê também a substituição do voto proporcional para deputados e vereadores pelo voto em lista, mesclado com voto distrital.
Os três participaram de seminário sobre a reforma do código eleitoral na Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), na manhã de hoje. Eles defendem a proibição de doação por empresas, mas opinam que deve ser mantidas as doações de pessoas físicas.
Toffoli, que preside comissão do Senado sobre reforma eleitoral, foi o primeiro a criticar a medida. "Não acho seguro o financiamento público exclusivo. O Estado, que sempre tem alguém ocupando o poder, não pode ser o financiador exclusivo da democracia. Isso feriria os direitos do cidadão", afirmou o ministro.
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