quarta-feira, 13 de outubro de 2010

CARTA: "PORQUE VOTAREI EM JOSÉ SERRA"

O cidadão brasileiro de nome Ruy Câmara enviou ao jornal O Estado de S.Paulo a seguinte missiva, publicada pelo diário na sua edição do dia 10 de outubro, domingo passado, na secção "Cartas".

Ela é um tanto longa, mas gostosa de ler, de conteúdo elucidativo, franco, importante para se ler neste momento em que vive o País, desmascarando algumas "verdades" petistas.

PORQUE VOTAREI EM JOSÉ SERRA


O Brasil vai bem, obrigado. O desemprego é um dos mais baixos da História recente. O salário mínimo está recuperando o valor de compra. Milhões de brasileiros saíram da extrema pobreza nos últimos 16 anos. E o Brasil passou quase incólume pela crise financeira internacional que, em 2008, foi um tsunami no mundo. Devemos crescer até 7% este ano.


Só que, ao contrário do que apregoa o PT, nada disso se deve a Lula.


Ele só está surfando em cima da herança bendita que recebeu de Itamar Franco e Fernando Henrique e da qual se apossou sem pagar direitos autorais.


Lula encontrou o Brasil com a economia saneada pelo Plano Real que, em 1994, quebrou a espinha dorsal da hiperinflação.


A inclusão social começou aí. A hiperinflação era o imposto mais cruel que caía sobre os pobres e os trabalhadores, que, até então, viam cada vez mais dias sobrarem ao final dos seus salários.


Lula e o PT ficaram contra o Plano Real, mesmo sabendo que ele era aprovado pelos brasileiros que elegeram FHC, já no primeiro turno, em 94 e 98.


FHC criou a Rede de Proteção Social que desenvolveu cinco programas sociais, entre outros: o Bolsa-Escola, o Bolsa-Alimentação (iniciativa de Serra quando ministro da Saúde), o Vale-Gás, o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil e o Programa para Jovens em Situação de Risco.


Em 2002, essa rede beneficiava 37,6 milhões de brasileiros, com investimento de R$ 30 bilhões.


Lula pegou esses cinco programas sociais e os juntou num só, "inventando" o Bolsa-Família, sem pagar direitos autorais, de novo.


Contra o voto do PT, FHC criou o Fundef, que colocou 97% das crianças entre 7 e 14 anos da sala de aula e aumentou os salários dos professores, principalmente no Norte e Nordeste.


No Planalto, Lula esqueceu o que dissera sobre o Fundef e "criou" o Fundeb, também sem pagar direitos autorais.


Lula e o PT se opuseram à Lei de Responsabilidade Fiscal, que acabou com a gastança de prefeitos e governadores. Entraram inclusive no STF com questionamento de inconstitucionalidade. Ao assumir o Ministério da Fazenda, Antônio Palocci tratou de anunciar que respeitaria essa lei.


Lula e Palocci também anunciaram que haveria um prazo de dois anos para permitir a transição da política econômica de FHC para uma "política dos trabalhadores". A política de FHC continua sendo executada até hoje, oito anos depois... E ainda acusam FHC de ser "neoliberal"...


Os petistas dizem que FHC quebrou o monopólio do petróleo. É mentira! O monopólio passou para a competência da União e a Petrobrás ficou liberada para firmar parceria com empresas estrangeiras. Foi a atuação da Petrobrás com a British Petroleum e a portuguesa Galp que permitiu a descoberta do megacampo de Tupi e do petróleo do pré-sal. Com a necessidade da competição, a empresa avançou mais ainda em sua gestão, tornando-se uma das maiores empresas do mundo, antes mesmo de o Lula tomar posse.


O PT foi contra a privatização das telecomunicações. Com o monopólio da Telebrás, telefone era item de declaração obrigatória no Imposto de Renda. Depois da privatização, o telefone celular anda no bolso até das faixas mais pobres da população. Hoje existem mais celulares no País do que brasileiros...


O PT condenou, até com pontapés, a privatização da Vale do Rio Doce. Entre 1943, ano da fundação, e 1997, quando foi privatizada, a Vale investiu, em média, US$ 481 milhões por ano e teve lucro líquido de US$ 192 milhões.


De 1998 até 2009, a CVRD investiu US$ 6,1 bilhões e teve lucro de US$ 4,6 bilhões. O recolhimento de impostos saltou de US$ 31 milhões para US$ 1,093 bilhão por ano.


Embora tivesse denunciado essas privatizações como "neoliberais", Lula não mexeu nelas. Então, Lula também é neoliberal. Ah, na campanha de 2002, ele chegou a apontar a privatização da Embraer como modelo.


FHC saneou o sistema financeiro. Depois do Plano Real, grandes bancos perderam receita inflacionária e quebraram. FHC criou o Proer e restabeleceu a confiança dos depositantes.


Quando a crise internacional de 2008 bateu aqui, os bancos estavam saneados e não houve a quebradeira que aconteceu nos EUA e na Europa.


Nessa ocasião, Lula anunciou que mandaria uma cópia do Proer para ajudar a sanear os bancos dos EUA... De novo, não pagou os direitos autorais.


Lula extinguiu, em 2006, os mutirões criados por José Serra e que atendiam os mais idosos e pobres, operando-os de catarata, varizes, próstata, câncer de mama e colo de útero. A consequência foi a explosão dos casos de cegueira por catarata entre os brasileiros mais pobres. A fila de espera por uma cirurgia de catarata não é de menos de seis meses.


José Serra tem 40 anos de história. Foi presidente da UNE, quando ela era, ainda, a União Nacional dos Estudantes, e não um covil de pelegos. Exilou-se no Chile, em 1964.


Foi secretário do Planejamento do governador Franco Montoro e coordenou a organização do plano de governo de Tancredo Neves.


Lula e o PT dizem que lutaram pela redemocratização. Eles mentem, de novo, pois ficaram contra a eleição de Tancredo Neves no colégio eleitoral, tendo expulsado os seus três deputados federais (Beth Mendes, José Euler e Airton Soares) que desobedeceram ao partido e votaram em Tancredo.


Em 1988, recusaram-se a assinar a nova Constituição, com o argumento de que era uma Constituição conservadora, não entendendo a sua importância para a construção e o aprofundamento da democracia, novamente conquistada depois de mais de 20 anos de ditadura militar.


Em 1992, após o impeachment de Collor, com medo de as dificuldadades da luta contra a inflação atingirem o favoritismo de Lula para a sucessão presidencial de 1994, recusaram participar do governo democrático de Itamar Franco. Luiza Erundina, inclusive, teve de pedir licença ao partido para ser ministra de Itamar. Mais tarde, acabou saindo definitivamente do PT.


Como deputado, Serra tirou do papel o FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador), que hoje dá um oxigênio ao trabalhador que fica desempregado.


Ministro da Saúde, Serra criou os genéricos. Anunciou que as patentes de remédios não poderiam prevalecer sobre a saúde e conquistou o apoio da Organização Mundial da Saúde. Desde então, as patentes dos medicamentos podem ser quebradas em caso de risco de pandemias ou emergências.


Serra multiplicou por nove as equipes do Programa de Saúde da Família. Criou também os mutirões de saúde. E promoveu campanhas de vacinação para os idosos.


Já Dilma Rousseff faliu como dona de uma lojinha que vendia produtos a R$ 1,99, em Porto Alegre. Secretária das Finanças de Porto Alegre, deixou a Prefeitura falida, como denunciou o seu sucessor, Políbio Braga.


Ministra das Minas e Energia, Dilma apagou do site do MME as realizações do Luz no Campo, criado por FHC. Depois, "inventou" o Luz para Todos, também sem pagar direitos autorais.


Escolhida candidata, indicou Erenice Guerra para substituí-la na Casa Civil. Erenice tratou logo de arrumar "bolsas-família" e confortáveis sinecuras para o maridão, os filhos, os irmãos, os cunhados, os namorados e as namoradas dos filhos e velhos amigos.


Votar nela é escolher Dunga - que nunca treinou um time de várzea - para ser o técnico da seleção brasileira. Deu no que deu.


Dilma é uma cristã-nova no PT. Vai ser refém de petistas como José Dirceu, que domina a máquina, foi o chefe do mensalão, que realizou o maior ataque à nossa democracia, com o pagamento de propinas mensais para conquistar o apoio de parlamentares corruptos às propostas do governo.


Dilma será uma nova Isabelita Perón, que, ao suceder ao marido, Juan Domingo Perón, como presidente da Argentina, na década de 70, não conhecia o país (vivera na Espanha) nem o Partido Peronista. Tornou-se refém do ministro da Previdência, José López Rega, que era um fascista, e iniciou uma guerra de extermínio contra os peronistas de esquerda.


O país mergulhou numa guerra civil não declarada e na hiperinflação. Os militares deram um golpe e enfiaram a Argentina nas trevas da ditadura e da "guerra suja", das quais não se recuperou até hoje.


José Dirceu já percebeu as fraquezas de Dilma. Quando anunciou que a sua eleição seria o fortalecimento do PT, estava se candidatando a ser o López Rega de Dilma. O plano de José Dirceu, acusado formalmente e processado com o chefe da quadrilha do mensalão, é avermelhar o Brasil, ou seja, implantar o regime leninista-stalinista-chavista-castrista, que significa, de início, o seguinte:


1. Anular a CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA.


2. Aprovar a CONSTITUINTE PETISTA - Todos submissos à cartilha populista do PT.


3. Instauração do REGIME SOCIALISTA sob comando dos delinquentes de estimação do PT.


4. Fomento do CONFLITO DE CLASSES para consolidar o regime, a tirania e a OPRESSÃO.




A 2ª fase do Plano, que já faz parte do programa de desgoverno da Dilma e do Zé Dirceu, é:


1. Suprimir da Constituição as GARANTIAS INDIVIDUAIS


2. Acabar com o SIGILO FISCAL


3. Eliminar o DIREITO DE PROPRIEDADE


4. Acabar com a LIBERDADE DE IMPRENSA.


Por tudo isso, no dia 31, votarei em José Serra para presidente do Brasil.


Ruy Câmara - ruycamara@uol.com.br
Recife

3 comentários:

Joel Soares disse...

O cúmulo da obtusidade ocular. Esse Ruy realmente "viajou na maionese". Voto 13.

Camilo disse...

Viajou na maionese. A sociedade civil brasileira não é idiota e não vai aceitar calada qualquer tentativa de acabar com a democracia.

Eduardo disse...

Realmente...fazer como o Lula e tentar acabar coma imprensa eh um ato totalmente democratico como dizia Hugo Chavez e Fidel Castro...Agora pegar carona com tudo q o FHC fez foi a sorte do Lula...