Hoje é o aniversário do presidente Lula. Não sei quantos anos ele completa, mas isso nem é o mais importante.
Há mais de mês que ele anda pedindo dois presentes, mas presentes eleitorais, coisas difíceis nesta época de descrença crescente nos políticos. Não que ele não os mereça, mas é que os objetos de desejo dele são inalcançáveis, etéreos.
Lula, o aniversariante, quer a eleição de duas mulheres: Dilma para a Presidência da República e Ana Júlia para o governo do Estado.
Ele quer, mas o desejo dele não é o mesmo do povo brasileiro nem do parense, e isso ficou claro no dia 3 de outubro: a maioria disse não à Dilma e, no Pará, a nossa vontade esmagadora é a de defenestrar Ana Júlia, mandá-la de volta ao Banco do Brasil, de onde é funcionária.
Os pedidos de Lula podem até ser merecidos, mas seus objetos de desejo, não! Ao manifestar esses desejos e, mais, ao pretender ser atendido, Lula manifesta egoísmo, e um egoísmo maldoso, perverso, pois o que seria a felicidade dele representaria a desgraça para a maioria dos brasileiros e dos paraenses.
Lula, a maioria dos brasileiros não quer Dilma na Presidência. O recado já foi dado. Lula, mais de dois terços dos paraenses querem ver a Ana Júlia de costa.
Por isso, presidente, perdoe-nos por não atendê-lo. Ah, e o senhor nem vai se lembrar desses presentes que lhes serão negados: hoje, vai ganhar tantos presentes, mas tantos presentes, que nem sentirá falta desses.
Presidente, faça o seguinte, uma coisa que senhor gosta pra caramba: beba umas caipirinhas, hoje, tome várias delas. Ou melhor, faça o de sempre: esbalde-se, pegue um porre, embriague-se, e mastigue esses seus desejos eleitorais como tira-gosto. Deverá ser uma delícia!
Ah, parabéns, presidente! Que não faltem pijamas, muito deles, entre os tantos presentes que vai receber hoje.
Quanto a nós, presidente, seremos felizes com as decisões que vamos sacramentar no próximo domingo, ainda que estas não sejam as mesmas suas. Paciência, presidente, não esqueça que o Brasil é uma Democracia.
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