Dizer que o Pará é um Estado rico com povo pobre virou um grande clichê, repetido a exaustão em campanhas eleitorais, mas poucas frases resumem tão bem o desafio desse Estado, que está entre os seis maiores exportadores do País, tem a maior jazida de ferro do mundo a céu aberto, mas ocupa as últimas posições no ranking nacional da renda média de seus habitantes.
Entre a população ocupada, a renda média mensal é de R$ 680, a menor da região Norte, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em Roraima, por exemplo, a média é de R$ 894. No vizinho Amazonas, chega a R$ 821. O péssimo desempenho da renda é difícil de explicar quando se compara a pujança econômica desses Estados.
“É o que eu chamo de economia de contrastes. O Pará tem muitas riquezas, mas não consegue distribuí-las. Esse é o desafio”, diz o coordenador técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Roberto Sena. No Pará, 11,8% da população ocupada - quase 400 mil pessoas - têm rendimento inferior a meio salário mínimo. Mais de 850 mil, o equivalente a 25% dos paraenses ocupados têm renda entre meio e um salário mínimo. Apenas 10,2 mil pessoas (o equivalente a 0,31% dos paraenses ocupados) ganham mais que 20 salários mínimos, segundo o IBGE.
Para ler mais, www.diariodopara.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário