domingo, 14 de junho de 2009

EDUCAÇÃO: MAIS UMA PÉSSIMA NOTÍCIA GERADA PELO PARÁ

Quando o Pará vai começar a produzir notícias boas, positivas?


Depois de Eldorado do Carajás, de nomeação de cabeleireira, de kits escolares superfaturados, de corrupção na Sema, de assassinato de religiosa, de moratória de licenciamento ambiental, de ações políticas contra o setor produtivo – não necessariamente nessa ordem –, a mais nova tragédia denuncia a péssima qualidade do nossa educação pública.


Dados recentes do Ministério da Educação mostram uma realidade assustadora a respeito das deficiências e fragilidades do ensino público no Pará. Esses dados, inseridos na proposta de Ensino Médio Inovador, encaminhado recentemente ao Conselho Nacional de Educação, revelam, por exemplo, que o Pará está em penúltimo lugar na taxa de atendimento escolar de jovens de 15 a 17 anos, ficando à frente apenas de Rondônia. No Pará, apenas 71% dos jovens nessa faixa etária estão matriculados, percentual inferior ao da média regional (Norte), que é de 78%, e também da média nacional, de 81%.


Outro número infausto diz respeito à taxa líquida. De acordo com o professor Ronaldo Marcos de Lima Araújo, docente e pesquisador do Instituto de Ciências da Educação da Universidade Federal do Pará, o Estado tem a pior taxa líquida do Ensino Médio do Brasil.


Apenas 28% dos jovens de 15 a 17 anos estão matriculados no Ensino Médio, que é onde eles deveriam estar, enquanto os demais jovens (72%) ou estão atrasados ou fora da escola – afirma Ronaldo Lima.


Para que se tenha uma ideia do que isso representa, basta dizer que a média regional, que já é sofrível, situa-se na faixa de 35%, ou seja, sete pontos percentuais acima da taxa paraense. A disparidade é ainda mais acentuada quando a comparação se faz com a média nacional, que chega a 52%.


Confirma-se, assim, o diagnóstico já feito por outros pesquisadores e educadores: nossa política educacional é um fracasso, nossos gestores e professores da rede pública primam pela incompetência (um resultado não de inteira responsabilidade deles próprios) e a atual geração de estudantes está perdida – e desta fazem parte filhos nossos, de nossos parentes, amigos, todos vítimas de uma tragédia anunciada e gestada na omissão covarde e criminosa de presidentes, governadores, prefeitos, parlamentares e também nossa, pais e mães.


O futuro do Pará está comprometido!


Fonte: Diário do Pará e redação do blog

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