Equilibrando-se, perigosamente, na corda bamba. Essa é a situação instável do secretário estadual de Projetos Estratégicos do Pará, Sidney Rosa, deputado estadual licenciado. A causa principal: ele responde a processo criminal na Justiça Federal no Maranhão pela prática de trabalho escravo.
A pressão para que Rosa seja exonerado parte da Comissão Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo e da Frente Estadual pela Erradicação do Trabalho Escravo, entidades da qual fazem parte os Ministérios Públicos Federal (MPF), do Trabalho (MPF) e o Estadual (MPE), além da Ordem dos Advogados do Brasil, Associação dos Magistrados Trabalhistas da 8ª Região (Amatra 8), Organização Internacional do Trabalho, Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República, entre outras. Elas cobram uma posição sobre o caso do governador Simão Jatene.
A secretária de Direitos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário, assinou, ontem, ofício ao governador pedindo providências no caso. Jatene, por ocasião do Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo, que reuniu entidades envolvidas com a causa, nos dias 28 e 29 de janeiro passado, assinou carta-compromisso contra o trabalho escravo, que exterioriza “a adesão e comprometimento do governo do Estado por essa luta”, segundo os participantes do encontro.
Eles declararam ter ficado “sensibilizados” com a atitude de Jatene e é em nome disso que apelam para a coerência dele ao afastar Sidney Rosa do governo. A “Carta de Belém”, assinada por todas as entidades, afirma que, em virtude de Jatene ter assumido o compromisso, não faça a nomeação ou indicação para cargo público de “qualquer pessoa envolvida com a prática do trabalho escravo” e que “prontamente exonere qualquer pessoa que ocupe cargo público de confiança sob sua responsabilidade”.
Fonte: www.diariodopara.com.br
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