terça-feira, 1 de março de 2011

EM SANTARÉM, PROFESSORES EM GREVE QUEREM REAJUSTE DE SALÁRIO

Professores da rede municipal de Santarém em protesto contra a prefeita Maria do Carmo. Eles querem reajuste na tabela de salários

Professores municipais de Santarém, no Oeste do Pará, devem ocupar, hoje, as galerias da Câmara de Santarém em protesto contra a prefeita de Santarém, Maria do Carmo Martins (PT), e para solicitar apoio dos vereadores locais à única reivindicação da categoria:  o reajuste da tabela de vencimentos, que não acontece, segundo eles, desde 2009.

No final da tarde de ontem, cerca de 300 professores saíram em passeata por ruas da cidade. Por volta das 17h, eles se concentraram na Praça Monsenhor José Gregório, no centro da cidade, onde denunciaram a prefeita municipal de estar, deliberadamente, "desvalorizando" a categoria dos professores.

Os professores, que estão em greve, acusam o governo municipal de tratar a educação municipal com descaso, de desvalorizar a categoria e de se recusar a negociar com o sindicato que representa os professores da rede pública municipal.

No panfleto distribuído ao longo da caminhada e durante a concentração, o sindicato afirma que "a greve representa a indignação dos profissionais da educação com relação à desvalorização da categoria pelo governo".

Nos discursos inflamados, a acusação de que a prefeita se utilizou da categoria, manpulando-a politicamente, para tirar proveito eleitoral nas duas últimas campanhas. "Fomos usados por um governo que se diz 'dos trabalhadores', com a promessa de que seríamos tratados com respeito, mas o que temos hoje é a comprovação de que tudo não passou de enganação", afirmou um sindicalista em momento de entusiasmo maior.

Ontem, manifestação pública; hoje, ocupação das galerias da Câmara de Vereadores e, amanhã, invasão da Secretaria Municipal de Educação.

São ações da categoria como parte da estratégia de conseguir flexibilizar a radicalização da prefeita Maria do Carmo.

A Justiça em Santarém já julgou a greve abusiva e determinou a volta dos professores ao trabalho. Ontem, na manifestação, seus líderes afirmavam a determinação de continuar a greve.

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