Em meio a uma tensa negociação com sua base no Congresso para garantir a aprovação do salário mínimo de R$ 545, o governo tomou uma decisão no mínimo arriscada ao eleger as despesas atingidas pelo corte de R$ 50 bilhões no Orçamento de 2011, anunciado na última quarta-feira. A economia será atingida, em boa parte, pelo corte de emendas de parlamentares. Dos R$ 21 bilhões de gastos incluídos pelo Legislativo na programação de gastos deste ano, R$ 18 bilhões, cerca de 86%, deverão ser arquivados, segundo informou fonte do Palácio do Planalto.
Enquanto os projetos dos parlamentares serão enviados para as gavetas dos ministérios, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) sairá ileso do aperto. Ele não será reduzido, nem terá projetos adiados, afirmou ontem a ministra do Planejamento, Miriam Belchior. Ela, porém, não confirmou a magnitude dos cortes nas emendas.
Num claro enfrentamento das pressões do Congresso, o governo previu que o mínimo de 2011 será mesmo de R$ 545. "Não mais que isso", frisou o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Se o valor for maior, serão cortadas mais despesas. O mesmo será feito se for aprovada a revisão da tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física.
Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/
PS: Recursos das emendas parlamentares são destinados aos govenos estaduais e municipais. Quando não desviados ou mal aplicados, essa grana toda financia obras importantes, algums delas estruturantes, além de serviços de igual valor.
Portanto, a decisão do governo Dilma de fazer o gigantesco corte no Orçamento da União vai afetar diretamente as populações dos municípios, que é onde as coisas de fato acontecem - neste caso, não acontecerão.
O monstruoso corte orçamentário também dá uma dimensão aproximada das enormes lambanças feitas pelo presidente Lula, especialmente na má aplicação dos recursos do erário, para garantir a eleição de Dilma.
Um comentário:
Economia é, às vezes, assunto meio chato, difícil de entender
O planalto vai cortar R$ 50 bilhões. O que tem a ver com você?
Por incrível que pareça, implica no seu futuro e no dia-a-dia
Se a rentabilidade do seu trabalho será boa como gostaria
A inflação identificada em janeiro deu um susto no governo
Que rápido decidiu: do mercado tenho que tirar dinheiro
Menos grana na praça significa menos gente comprando
E aí, se na prateleira sobra produto, o preço vai baixando
Medida dura, corte grande como nunca se viu
Que mostra rara seriedade e coragem no Brasil
Após anos de farra dos picaretas de Plantão
Uma ponta de esperança surge na nação
Para economizar esse valor, a faxina vai ser geral
Redução das passagens e nomeações de caras de pau
Auditoria em folha de pagamento e gratificações
Revez para os concurseiros: pausa nas convocações
Para os ministros, é preciso eficiência na Esplanada
Fazer mais com menos: filosofia de empresa privada
Se o prometido será cumprido, não sei, é ver para crer
Mas que, sim, começou bem, é preciso reconhecer
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