A tragédia ocorrida em municípios do Rio de Janeiro, como em Angra dos Reis, e de São Paulo e Minas Gerais, com quase uma centena de mortes provocadas pelo deslizamentos de terra de encostas de serras, durante os primeiros dias do novo ano, faz-me lembrar que algumas cidades do Oeste do Pará também apresentam áreas de risco ocupadas irregularmente. Almeirim, Monte Alegre e Santarém possuem áreas do tipo.
Em Monte Alegre, na margem esquerda do rio Amazonas, os bairros de Curintanfã, Serra Ocidental, Serra Oriental, Papagaio, Cidade Baixa, Camarazinho e Turu têm áreas de encosta de serra ocupadas irregularmente. O Plano Diretor do Município (PDM) prevê a não regularização de imóveis nelas localizadas. E mais: prevê o remanejamento das famílias locais para áreas seguras.
O que pode agravar ainda mais o risco é o fato da cidade de Monte Alegre, além de estar assentada sobre terreno acidentado, ter solo majoritariamente arenoso. Não por acaso, a erosão causada pelas enxurradas é a inimiga número um do poder público local.
O bairro de Curintanfã, localizado entre o rio e a Serra Oriental, tem o nome por causa de um deslizamento de terra que teria matado, há décadas, cerca de quarenta crianças (quarante enfants, em francês) atendidas em uma creche por freiras francesas.
Vale o alerta do ditado popular: prevenir é melhor que remediar.
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